STF cria conta oficial no Bluesky em resposta ao aumento de perfis falsos do tribunal
A plataforma tem sido usada por internautas brasileiros como alternativa após a suspensão do X, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes
Itatiaia Por Amanda Carvalho
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um perfil oficial, na segunda-feira (2), na rede Bluesky. A plataforma tem sido usada por internautas brasileiros como alternativa após a suspensão do X, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
A Corte usa redes sociais como forma de divulgação de decisões monocráticas e de colegiado. A última publicação feita pelo STF no X, por exemplo, tratou justamente da suspensão da rede controlada pelo empresário Elon Musk. Ainda não há publicações no perfil do tribunal.
Com o X fora do ar, o Bluesky disse ter ganhado 2 milhões de usuários na última semana.
O BLOQUEIO DO X
- Em reunião com funcionários da empresa em 17 de agosto, foi comunicado por Musk o fim da operação X no mercado brasileiro e a demissão de toda a equipe. O escritório funcionava no país desde 2012 e tinha cerca de 30 funcionários no país.
- Na quarta-feira (27), o ministro deu 24 horas para que o dono da plataforma nomeasse um novo representante legal do X no Brasil. Moraes estipulou o prazo para o cumprimento dessa exigência e advertiu que, caso a ordem não fosse seguida, a rede social poderia enfrentar a suspensão de suas operações no país. Musk não atendeu ao pedido.
- Logo após o fim do prazo, às 20h07, a empresa admitiu que não atendeu a ordem do ministro. O X reconheceu que já esperava a suspensão da rede social no Brasil.
- Na decisão, Moraes considerou os “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e inadimplemento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e “terra sem lei” nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024.
- Elon Musk é investigado no inquérito que apura condutas de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.
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