Profissionais de saúde são investigados por esquema criminoso e manipulação de escalas médicas em MG

Profissionais de saúde são investigados por esquema criminoso e manipulação de escalas médicas em MG
Operação cumpre mandados em hospital da Zona da Mata — Foto: MPMG/Divulgação
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Operação 'Onipresença' é realizada nesta quinta-feira (12) em Leopoldina e Além Paraíba e cumpre 30 mandados. Investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.

Por g1 Zona da Mata — Leopoldina

 

Profissionais de saúde foram alvos de uma operação realizada nesta quinta-feira (12), que investiga a possível existência de uma associação criminosa que causa graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos no Hospital Casa de Caridade Leopoldinense, conveniado ao SUS.

A ação, chamada de 'Onipresença', cumpre 30 mandados em Leopoldina e Além Paraíba, sendo 4 de prisão temporária, 6 de afastamento de funções e 20 de busca e apreensão, incluindo em dois hospitais da região e em uma clínica de anestesiologia.

g1 entrou em contato com o Hospital Casa de Caridade Leopoldinense e Hospital São Salvador, em Além Paraíba, citados pelo MPMG, e aguarda retorno.

Até a última atualização desta matéria, o MPMG não havia sido informado sobre quem havia sido preso e o que foi apreendido. Outros detalhes serão divulgados durante a tarde.

Documentos apreendidos durante ação na Zona da Mata — Foto: MPMG/Divulgação

Documentos apreendidos durante ação na Zona da Mata — Foto: MPMG/Divulgação

 

Plantões simultâneos e cirurgias no mesmo dia

As investigações foram iniciadas para apurar a execução de plantões simultâneos em locais hospitais distintoscirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas por parte dos profissionais médicos investigados.

Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos, segundo o MPMG, como:

 

  • Cirurgias e anestesias eletivas foram realizadas pelos profissionais durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência;
  • Esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica;
  • Combinações de versões, falsidades documentais médicas e manipulação de documentos importantes.

 

Ainda conforme o MPMG, as investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.

A operação desta terça-feira conta com a participação de Promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis.