PF faz operação contra esquema de compra de votos com pix, dinheiro e pagamentos de boletos

PF faz operação contra esquema de compra de votos com pix, dinheiro e pagamentos de boletos
Dinheiro apreendido durante operação da PF que investiga compra de votos no interior de Alagoas Foto: Divulgação/Polícia Federal
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Esquema beneficiaria candidatos a vereador, mas a Polícia Federal não divulgou os nomes dos investigados

O Tempo   Por Renato Alves

 

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) faz, na manhã desta terça-feira (8), uma operação para combater um esquema de compra de votos e contabilidade paralela nas eleições do interior de Alagoas. 

Um grupo político montou um esquema para comprar votos com transferências bancárias via pix, pagamentos de boletos e repasses em dinheiro em espécie, para garantir apoio eleitoral para candidatos a vereador, segundo investigação da PF.

Os beneficiados com o esquema são candidatos de Lagoa da Canoa (AL), município com pouco mais de 18 mil habitantes, distante 113 km de Maceió, a capital do Estado. A PF não informou os nomes dos investigados.

Agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 44ª Zona Eleitoral de Girau do Ponciano, nesta terça-feira. Eles apreenderam celulares, computadores, documentos, um revólver e notas de dinheiro.

Lagoa da Canoa foi uma das 15 cidades de Alagoas que receberam reforços de tropas federais no último domingo (6) para garantir que os eleitores tivessem segurança para votar e combater a compra de votos. 

PF apreendeu mais de R$ 50 milhões ligados a crimes eleitorais

A PF divulgou na segunda-feira (7) balanço de operações para combater crimes eleitorais no primeiro turno das eleições no domingo. De acordo com os dados, foram 415 conduções à delegacia, 16 flagrantes e instaurados 117 inquéritos policiais para investigar crimes eleitorais.  

No total, foram apreendidos mais de R$ 50,4 milhões ligados a irregularidades. Só de valores em espécie esse número foi de R$ 21,8 milhões. Segundo a Polícia Federal, os principais crimes apurados foram propaganda irregular e corrupção eleitoral (compra de votos). Em Minas Gerais, foram 18 ocorrências. 

O esquema da PF para garantir a segurança nas ruas contou com agentes espalhados pelas cidades e drones que capturam imagens a longas distâncias para monitorar práticas ilegais, como boca de urna, derramamento de santinhos e transporte irregular de eleitores.