Parto de Suzane von Richthofen teve operação de guerra e lei do silêncio

Parto de Suzane von Richthofen teve operação de guerra e lei do silêncio
Suzane von Richthofen foi condenada por ter sido mentora do assassinato dos pais — Foto: Tuca Vieira/Folha Imagem/Arquivo
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Suzane deu luz a um menino em hospital no interior de São Paulo

Por O TEMPO 

Nasceu na sexta-feira (26 de janeiro) o primeiro filho de Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos próprios pais em 2002. O bebê é um menino e nasceu no Hospital Albert Sabin, em Atibaia, São Paulo. O médico Felipe Zecchini, pai da criança e marido de Suzanne, é chefe do pronto-atendimento da unidade hospitalar e acompanhou o parto

Segundo o jornalista Ulisses Campbell, da coluna True Crime, o hospital fez uma "operação de guerra" para fazer o parto de Suzane sem que vazassem informações. O marido de Suzane foi quem definiu a transferência do parto para o local em que trabalha. Ele contou com o apoio da direção, que também não tinha interesse que os pacientes soubessem da presença de von Richthofen no local,  para manter o sigilo do parto e garantir a segurança de mulher e filho no local.

O jornalista detalhou que:

"Para que a informação não vazasse, houve uma reunião com os funcionários no decorrer da semana para detalhar o esquema rígido de segurança, descrito como inédito para os padrões do hospital. Suzane chegaria na madrugada de quinta para sexta usando um casaco moletom com capuz para cobrir a cabeça. Entraria pelos fundos, acessando um dos laboratórios e passando rapidamente para o quarto 117, que a receberia", escreveu Ulisses.

Também foi proibido que funcionários falassem com Suzanne qualquer assunto que não fosse relacionado ao parto, com ameaças de demissão para quem descumprisse a ordem. Todas as ligações feitas no hospital, durante o momento em que Richthofen estava internada, também foram monitoradas.

O filho de Suzane recebeu o nome do pai, Felipe. Ela deixou o hospital no sábado (27 de janeiro) a noite e não recebeu nenhuma visita, exceto do pai da criança, durante o período de internação. Ela deixou o hospital pelos fundos, com dois seguranças e uma enfermeira de plantão.

Suzane pediu permissão à Justiça para ser internada pela madrugada em Atibaia, já que ela cumpre pena em regime aberto em Bragança Paulista.

As regras do regime aberto também vão limitar a rotina materna de Suzane. Ela só poderá sair com o bebê entre 06h e 20h. Sua pena termina em 2041