Lorena Marcondes é transferida para o Presídio Floramar, em Divinópolis
Ela estava no Presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde o dia 22 do mês passado.
Por g1 Centro-Oeste de Minas — Divinópolis
Lorena Marcondes de Faria, indiciada pela morte de Íris Martins após uma lipoaspiração feita em 8 de maio de 2023, foi transferida para o Presídio Floramar, em Divinópolis. Após ser presa no dia 22 de março, a biomédica estava no Presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A transferência aconteceu nesta quarta-feira (3). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
O g1 fez contato com o advogado de defesa de Lorena Marcondes para comentar a transferência, mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta matéria.
No última dia 22, a biomédica foi presa preventivamente pela Polícia Civil em um condomínio de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Essa é a segunda prisão de Lorena Marcondes. A primeira foi no dia 8 de maio de 2023, onde cumpriu 15 dias de detenção no Presídio Floramar, em Divinópolis. Depois, ela foi encaminhada para prisão domiciliar, liberada em agosto de 2023.
A decisão judicial
O g1 teve acesso à decisão judicial do juiz Ivan Pacheco de Castro, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis, que aponta os motivos que resultaram em nova prisão de Lorena Marcondes.
De acordo com o pedido feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Lorena descumpriu medidas cautelares como ficar longe das redes sociais, fazer contato com testemunhas, entre outros pontos. Entenda logo abaixo.
Quais eram as medidas cautelares?
- Suspensão do exercício da profissão de biomédica;
- Afastamento total de todas as redes sociais, seja por conta pessoal, profissional, sendo proibida de acessar quaisquer plataformas, tais como Instagram, Facebook, 'X" (antigo Twitter);
- Promover ou prestar consultoria, orientação ou mesmo compartilhar informações, seja de forma pessoal ou sobre quaisquer procedimentos ou técnicas afetas ao exercício profissional da biomedicina, bem como de quaisquer atividades relacionadas a procedimentos de estética;
- Fazer contato com as testemunhas e outras partes que fazem parte do processo.
O que ela descumpriu, segundo o MPMG
Afastamento das redes sociais e contato com as testemunhas foram as principais recomendações que a biomédica estava descumprindo. Segundo o Ministério Público, Lorena:
- promoveu e compartilhou informações sobre procedimentos e técnicas ligadas ao exercício profissional da biomedicina e relacionadas também a estética e outros serviços de cuidados com a beleza, inclusive por meio de venda de produtos on-line; prestava informações inverídicas sobre o processo aos seus inúmeros seguidores, também por meio de rede social, com o objetivo de tumultuar o feito;
- intimidou e constrangeu testemunhas, pagando terceiros para coagi-las e denegri-las em redes sociais;
- pagou outras pessoas para publicar falsas suspeitas sobre a isenção do trabalho do Ministério Público e da Polícia Civil.
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Sobre os apontamentos feitos pelo Ministério Público, o advogado de defesa, Tiago Lenoir, descreveu que confia na Justiça e que a verdade prevalecerá. Veja abaixo a nota na íntegra.
"A defesa da biomédica Lorena Marcondes, ao tomar conhecimento da prisão, imediatamente impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça. Ressaltamos que a biomédica estava aguardando a finalização do inquérito em liberdade, e desde o início das investigações, colaborou plenamente com as autoridades competentes. Confiamos na justiça e temos a convicção de que a verdade prevalecerá, restabelecendo a reputação e a liberdade de Lorena Marcondes".
Lorena Marcondes está presa em Divinópolis — Foto: Reprodução/Site oficial
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