Casal é preso suspeito de extorquir perfis que vendiam produtos falsificados ou com violações de direitos intelectuais; faturamento seria de R$ 4 milhões
Uma das vítimas foi uma artesã de Salvador, que vendia uma caixa de papelão com escudo de time de futebol a R$ 1,60, e foi chantageada a pagar R$ 1.600 para a dupla.
Por g1 Zona da Mata — Santos Dumont
Um homem de 30 anos e uma mulher de 26 foram presos durante a operação 'Verita Visus', por suspeita de cometer crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A suspeita é de que eles tenham tido faturamento de R$ 4 milhões com os crimes praticados.
Conforme informações da Polícia Civil, os empresários são de Santos Dumont, na Zona da Mata mineira, mas teriam sido denunciando em delegacias de vários locais do país.
A suspeita é de que a empresa procurava por perfis que vendiam produtos, em tese, falsificados ou com violações de direitos intelectuais. Inicialmente, era simulado interesse em comprar os itens, pedindo mais informações ao vendedor.
Depois, outro setor da empresa fazia contato para solicitar vantagem, alegando suposto crime de violação de direitos intelectuais. O valor cobrado variava conforme o número de seguidores dos perfis, segundo a polícia. As vítimas que se negavam a fazer os pagamentos tinham os perfis denunciados.
Artesã de Salvador entre as vítimas
Uma das vítimas seria uma artesã de Salvador (BA), que havia anunciado no perfil dela nas redes sociais uma pequena caixa de papelão de enfeite para festas, com o escudo de um time de futebol, por R$ 1,60.
Após fazer contato com ela, a empresa exigiu o pagamento de R$ 1.600, alegando que ela usava de forma irregular o escudo. Como a vítima negou a pagar o valor, ainda teve a página denunciada e derrubada.
Além da prisão da dupla, foram realizados mandados de busca e apreensão na sede da empresa e na casa dos investigados, determinando a suspensão das atividades e o bloqueio das contas bancárias da empresa e dos envolvidos.
Também foram apreendidos computadores, celulares, notebooks, livros de registro, equipamento de informática e um veículo de luxo.
A dupla foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
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