Nova Carteira de Identidade foi emitida para mais de cem mil juiz-foranos

Município conta com três pontos de atendimento que oferecem o serviço

Por Bernardo Marchiori Tribuna de Minas 

A nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) já foi emitida para, pelo menos, 105.253 pessoas em Juiz de Fora. Os dados, que referem-se ao período até abril deste ano, indicam que mais de 3,2 milhões de mineiros obtiveram o documento – o que coloca o estado na liderança no quesito no Brasil. Para isso, são disponibilizados cerca de 500 postos de identificação em Minas; outros 130 estão em fase avançada de implantação, conforme a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Juiz de Fora conta, no momento, com três postos de atendimento: duas Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) – nos shoppings Santa Cruz e Jardim Norte – e um posto localizado na Câmara Municipal. A PCMG informou que as unidades oferecem, juntas, 471 vagas diárias, o que representa cerca de 10.362 atendimentos mensais. Já o posto da Câmara teve uma média de 539 carteiras emitidas por mês ao longo de 2024.

Conforme o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o número de emissões em Minas é impulsionado pelos jovens de 15 a 19 anos, grupo etário que mais procurou o serviço.

Saiba como tirar o documento em JF

Para expedir a primeira via da CIN em Juiz de Fora, é necessário, primeiramente, agendar um horário pelo portal Cidadão MG ou pelo aplicativo MG App. A partir disso, a pessoa deve comparecer ao Posto de Identificação da Câmara Municipal ou em uma das UAIs no horário e dia agendados, apresentando os documentos necessários: certidão (de nascimento ou casamento) original e CPF, além de comprovante de residência. A foto é tirada no momento do atendimento.

A entrega do documento impresso é realizada pelos Correios no endereço informado pelo cidadão no momento do atendimento. O prazo para emitir e entregar é de 15 dias úteis, caso não haja pendências. Ainda é possível acompanhar o envio pelo site dos Correios com o código de rastreio recebido por e-mail. Se nenhuma das três tentativas de entrega tiver sucesso, o cidadão deve retirar o documento no centro de distribuição dos Correios da região.

Confira as validades

A Carteira de Identidade Nacional tem validade: de cinco anos para pessoas com idade de zero a 11 anos; de dez anos para pessoas na faixa etária entre 12 anos e 59 anos; ou indeterminada para pessoas com idade a partir de 60 anos. O horário de funcionamento do serviço na Câmara Municipal é de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Já o das UAIs é de 8h às 17h, também de segunda a sexta.

Vale destacar que a primeira via é gratuita. No caso de perda ou extravio no período de validade do documento, o valor para outra via é R$ 110,62. A CIN conta com as versões impressa, expedida em papel de segurança, e digital. O formato digital do documento e a validação dos dados do cidadão para a emissão da carteira são feitos por meio do aplicativo gov.br, após a expedição da carteira física.

(Foto: Leonardo Costa)

O que muda com a nova Carteira de Identidade

Em todo o país, a CIN já foi emitida para mais de 24,1 milhões de pessoas. O objetivo, de acordo com o Governo federal, é chegar a 130 milhões de identidades emitidas até o final de 2026. Além disso, a emissão do novo documento automaticamente garante nível ouro aos cidadãos e cidadãs dentro do portal gov.br, o que dá acesso a todos os mais de 4,5 mil serviços da plataforma, como assinatura digital de documentos com validade jurídica e realização de prova de vida.

A CIN utiliza apenas o CPF como número unificado de identificação, e não mais o Registro Geral (RG), com o objetivo de evitar a emissão por fraudadores de um registro em cada estado do Brasil, bem como a repetição de carteiras com o mesmo número em diferentes unidades da federação. O documento será obrigatório a partir de 2032.

Além disso, também permite a inclusão de outros registros da pessoa, como Carteira de Motorista, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor e Certificado Militar, além de informações como tipo sanguíneo, fator RH, opção por ser doador de órgão e até condições de saúde, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiências auditiva, visual, física e intelectual.