Quem é o homem preso investigado por estuprar mulher no DF, gravar ato e enviar para a mãe da vítima
Henrique Fortes foi preso em Uberlândia na terça-feira (3). Nas redes sociais ele atacava mulheres e dizia que gostava de sexo.
Por Julia Barduco, Eloisa Oliveira*, g1 Triângulo — Uberlândia
O homem preso e investigado por estuprar, gravar o ato e chantagear a vítima é Henrique Fortes. O crime, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, teria acontecido em fevereiro, na região do Núcleo Bandeirante (DF).
Ele se apresentava, nas redes sociais, como natural de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, mas vivia na cidade vizinha de Uberlândia, e alegou estar no Distrito Federal a trabalho na época do crime.
Henrique Fortes em foto postada nas redes sociais. — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Segundo publicação em uma rede social, Fortes trabalhava como diretor de comunicação. No ambiente digital, ele fazia posts com discurso de ódio contra as mulheres.
Suspeito de estupro no DF fazia ataques a mulheres nas redes sociais — Foto: Reprodução
Em outra publicação, ele escreve frases desconexas e termina o texto afirmando que gostava de sexo.
"Cara, na moral? EU CURTO SEXO", afirma a publicação — Foto: Reprodução
Na publicação seguinte, ele afirma que mulheres que não "sabem fazer seu papel e merecem sofrer."
Postagem de suspeito de estupro é de 15 de março, pouco mais de um mês depois do crime — Foto: Reprodução
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) para saber se Henrique segue preso, e aguarda retorno.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Fortes.
O crime
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, após cometer o estupro em fevereiro, Henrique Fortes ainda teria filmado a violência sexual e enviado as imagens para a mãe da vítima, além de ameaçar divulgar o vídeo para tentar impedir qualquer denúncia.
As investigações revelaram um plano meticuloso arquitetado pelo autor do crime. Se passando por empresário em Brasília a negócios, ele conheceu a vítima em seu local de trabalho.
No dia 13 de fevereiro de 2024, a convidou para jantar e a buscou em sua residência. Na ocasião, estava acompanhado de uma adolescente que se apresentou como sua funcionária.
Alegando a necessidade de deixar a adolescente no hotel, o autor convenceu a vítima a acompanhá-lo. No local, a conduziu para seu quarto, onde a agrediu fisicamente, a despiu à força e consumou o ato sexual mediante violência física. A adolescente, simulando ser funcionária do autor, presenciou todo o crime.
Durante os abusos, o autor registrou o crime em vídeo e passou a assediá-la diariamente, com o intuito de subjugá-la e impedi-la de denunciar o crime. Em 26 de fevereiro de 2024, se aproximou da mãe da vítima e, se apresentando como seu namorado, obteve seu número de celular e enviou o vídeo do estupro.
*Estagiária sob supervisão de Fabiano Rodrigues.
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