Professor é preso por oferecer ‘chá de sêmen’ e enganar alunas

Professor é preso por oferecer ‘chá de sêmen’ e enganar alunas
Homem passou por audiência de custódia no domingo (27) e teve a prisão convertida em preventiva Homem passou por audiência de custódia no domingo (27) e teve a prisão convertida em preventiva Instagram/Reprodução

Na delegacia, ele foi ouvido e confessou o crime; o suspeito teria afirmado que havia mais vítimas, incluindo uma menor de idade

Itatiaia     Por 

 

O professor de canto Hallan Richard Morais da Cruz, de 26 anos, foi preso, em Porto Nacional, no Tocantins, suspeito de oferecer um “chá de sêmen” a suas alunas. Ele alegava, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, que o líquido “melhoraria o desempenho das cordas vocais” das vítimas. O suspeito foi autuado em flagrante pela prática de tentativa de violação sexual mediante fraude.

Duas vítimas afirmaram à Polícia Civil que ele se apresentava como professor de canto e as oferecia a bebida. Uma delas chegou a ingerir o líquido. A presença de sêmen do homem foi indicada por uma das mulheres, que acionou a Polícia Militar.

Conforme o Boletim de Ocorrência, Hallan alterava o chá sem que as alunas soubessem e colocava sêmen na bebida. As vítimas também seria gravadas sem o seu consentimento enquanto ingeriam o líquido. Um celular, que seria utilizado para filmar as vítimas, e dois frascos que conteriam a bebida, foram apreendidos pelos militares.

A SSP informa ainda que as substâncias apreendidas nos frascos passarão por exame pericial para confirmar se de fato se tratam de sêmen ou não. No fim de semana, um HD e o celular do suspeito foram apreendidos e também serão periciados.

O órgão ressalta que, na delegacia, o professor de canto foi ouvido e confessou o crime. Ele teria afirmado que havia mais vítimas, incluindo uma menor de idade. Hallan foi encaminhado à Unidade Penal de Porto Nacional e está à disposição da Justiça. No domingo (27), ele passou por uma audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Ele não tinha passagem na polícia.

A família do professor de canto chegou a publicar, pouco depois da prisão, uma nota nas redes sociais manifestando “total repúdio” a toda e qualquer “conduta ilícita a ele imputada”. “Ante a gravidade e reprovabilidade, bem como a repercussão do caso, a família atravessa um momento de grande sofrimento e se solidariza com as possíveis vítimas e seus familiares, com votos para que a justiça seja feita”, destaca a nota.