Polícia indicia 17 pessoas por envolvimento em esquema ilegal de obtenção de CNH em Minas

Polícia indicia 17 pessoas por envolvimento em esquema ilegal de obtenção de CNH em Minas
Esquema facilitava aquisição da CNH e fugia dos procedimentos obrigatórios para obtenção do documento Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
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Aquisição facilitada fugia dos procedimentos legais exigidos para a obtenção do documento

O TEMPO

 

17 pessoas foram indiciadas por envolvimento em um esquema de obtenção ilegal de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no município de Carmo do Paranaíba, região do Alto Paranaíba. De acordo com a Polícia Civil (PCMG), as investigações foram concluídas na última sexta-feira (6/12), e apontam indícios de lavagem de dinheiro. 

Esquema

Segundo a PCMG, a atuação do principal alvo dos policiais consistia na intermediação com o órgão de trânsito de outro estado para suposta aquisição facilitada de CNH sem seguir os procedimentos legais exigidos para a obtenção do documento.

Os contratantes dos serviços do indiciado forneciam seus documentos pessoais, com exceção de comprovante de residência, tendo em vista que este era falsificado, gerando cadastro irregular nos sistemas de trânsito.

O indivíduo, após receber expressivos valores das pessoas que o contratavam, as levava até outro estado para que passassem pelo procedimento administrativo de aquisição de carteira de habilitação por meio de uma autoescola, também alvo de investigações pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).

Operação desencadeou indiciamentos 

Durante as investigações, foi deflagrada a operação Hipnos, em 7 de dezembro de 2022, sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, com a apreensão de documentos e dispositivos eletrônicos que foram analisados. A operação revelou ainda a existência de movimentações financeiras suspeitas, possivelmente relacionadas com ocultação de valores provenientes das atividades ilícitas.

A escolha do nome 'Hipnos' faz alusão ao deus grego do sono, simbolizando a ilusão e a ocultação de irregularidades em operações fraudulentas. O esquema criminoso explorava a confiança depositada nos serviços públicos, burlando procedimentos legais e comprometendo a credibilidade do órgão.

Desdobramentos

A primeira fase das investigações se encerra com a conclusão do inquérito e o indiciamento de 17 investigados, tendo em vista que todos os contratantes dos serviços do alvo principal se tornam coautores dos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento público.

De acordo com a delegada Mariana Lemos de Campos, o trabalho da PCMG continua para identificar outros envolvidos no esquema criminoso, bem como aprofundar a análise do material apreendido.

“Nosso objetivo é garantir que todos os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados perante a Justiça, reafirmando nosso compromisso com a legalidade e a transparência”, afirma a delegada.