Pedreiro que tinha o nome usado pelo irmão, suspeito de cometer crimes em MG, consegue se livrar das acusações

Pedreiro que tinha o nome usado pelo irmão, suspeito de cometer crimes em MG, consegue se livrar das acusações
Sérgio foi processado por crimes cometidos pelo irmão — Foto: Evandro Cavalho/TV Integração
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Nome de um deles aparecia em ocorrências de porte de drogas, desacato e direção perigosa em Juiz de Fora, mas, na verdade, dados foram usados indevidamente pelo outro, que agora responderá também por falsa identidade.

Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora

 

Depois da angústia de ser acusado de crimes que não cometeu, chegou ao fim a batalha judicial de Sérgio dos Santos Rosa, de 48 anos, mineiro de Juiz de Fora, que conseguiu a retificação em processos que, na verdade, deveriam estar no nome do irmão dele.

Na Justiça, a defesa do pedreiro provou que os delitos em nome de Sérgio devem ser respondidos por Carlos dos Santos Rosa, irmão dele, de 46 anos, que mentiu ao apresentar dados à polícia em abordagens por porte de drogas, desacato à autoridade e direção perigosa.

As ocorrências foram registradas no Bairro Santa Luiza, em Juiz de Fora, distante a aproximadamente 3 km da residência de Sérgio.

Um dos processos já havia sido alterado, e o segundo também foi modificado judicialmente no fim de julho.

Além dos demais crimes que estavam erroneamente no nome do irmão, Carlos também responderá por falsa identidade, passando a ser réu na Justiça Comum e não mais no juizado especial, anteriormente conhecido como pequenas causas. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.

 

Cruzamento de dados pela defesa

O advogado Arthur Navarro, que faz a defesa do pedreiro, explicou que, para comprovar que Sérgio não cometeu o crime, foi necessário cruzar alguns dados entre as ocorrências.

"O endereço que consta [no boletim de ocorrência] é o do irmão, que não é o mesmo do Sérgio, a profissão que está no boletim também é diferente. Quando comparamos a assinatura, comprovamos que é igual a do Sérgio. Foram alguns fatores que inserimos na petição para comprovar o fato", concluiu.

A reportagem questionou a Polícia Militar sobre o porquê da troca dos nomes nos registros, mas a corporação não quis comentar o caso.