Operação do MP prende 4 dirigentes de empresas de ônibus de SP envolvidos com o PCC

Operação do MP prende 4 dirigentes de empresas de ônibus de SP envolvidos com o PCC
operacao-fimdalinha.jpeg Efetivo empregado na Operação Fim da Linha foi o maior já usado em uma ação do MP-SP MP-SP/Divulgação
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Mais de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça (9)

Itatiaia      Por  

 

Quatro dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista foram presos na manhã desta terça-feira (9) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Segundo a investigação, as empresas e os dirigentes são suspeitos de lavar dinheiro ilícito do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além das prisões, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão na capital paulista, na Grande São Paulo e em cidades do interior do Estado. Foram apreendidos dinheiro, joias e armas, entre elas fuzis, na casa de um dos dirigentes.

A operação mira a atuação das empresas Upbus e Transwolff, que operam nas zonas Sul e Leste da cidade de São Paulo. Conforme o MP-SP, duas organizações criminosas lavam recursos ilícitos do PCC, que são oriundos de crimes como tráfico de drogas e roubos, por intermédio das empresas de ônibus.

Juntas, as duas companhias de viação transportam diariamente cerca de 700 mil passageiros. No ano passado, segundo a promotoria, ambas receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo.

De acordo com o MP-SP, 29 pessoas estão envolvidas no esquema. A Justiça de São Paulo já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio para garantir o pagamento a título de dano moral coletivo.

A operação, denominada Fim da Linha, contou com integrantes do Gaeco, da Polícia Militar, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Receita Federal. Foram quase 450 profissionais das forças de segurança envolvidos na operação desta terça. O efetivo foi o maior já usado em uma operação do MP-SP.

Por conta da investigação, a Justiça de São Paulo também determinou que a SPTrans, empresa estatal de transporte coletivo da capital, assuma as linhas administradas pelas empresas investigadas.

A reportagem tenta contato com as empresas Upbus e Transwolff.