Vírus da hepatite mata mais de 100 mil pessoas por mês; confira como se prevenir

Vírus da hepatite mata mais de 100 mil pessoas por mês; confira como se prevenir
Homem durante consulta médica Realização dos exames de rotina é importante para identificação das doenças Freepik | Reprodução
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Hepatites A, B e C são as mais comuns. No entanto, há vacina para prevenção de algumas variáveis

Itatiaia    Por  

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, nesta terça-feira (9), que diariamente mais de 3.500 pessoas morrem devido ao vírus da hepatite, um número que está aumentando. Com isso, mais de 100 mil pessoas são vítimas do vírus mensalmente.

Analisando dados de mais de 180 países, a Organização constatou que o número de mortes por hepatite viral aumentou para 1,3 milhão em 2022. Um aumento de 200 mil casos quando comparado a 2019. A análise completa está disponível no relatório publicado por ocasião da Reunião de Cúpula Mundial sobre Hepatite, que ocorre nesta semana em Portugal.

"É uma tendência alarmante”, afirmou em uma entrevista coletiva Meg Doherty, diretora da divisão responsável pelos programas globais da OMS de combate a aids, hepatite e às doenças infecciosas sexualmente transmissíveis.

As estimativas atualizadas da OMS apontam que 254 milhões de pessoas tinham hepatite B em 2022 e 50 milhões tinham hepatite C. O relatório indica também que, entre as 3.500 mortes registradas diariamente, 83% são por hepatite B e 17% por hepatite C.

Como prevenir a hepatite?

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, além da vacinação, para prevenção contras as hepatites A e B, alguns outros cuidados devem ser adotados para prevenir-se da doença.

Para hepatite A, é aconselhável:

  • Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos-do-mar, peixes e carnes de porco;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto ao ar livre;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço.
Para hepatites A, B e C
  • Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Regiões mais afetadas

A África registra 63% das novas infecções por hepatite B e menos de 20% dos bebês do continente são vacinados contra a doença nas primeiras horas após o parto. Além disso, 10 países concentram dois terços de todos os casos de hepatite, sendo eles:

  • Bangladesh;
  • China;
  • Etiópia;
  • Índia;
  • Indonésia;
  • Nigéria;
  • Paquistão;
  • Filipinas;
  • Rússia;
  • e Vietnã.

* Com informações da Agence France-Presse (AFP)