Motoentregadores paralisam coletas de pedidos em shopping de Juiz de Fora

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Suspensão das atividades no local ocorre neste final de semana

Por Tribuna

 

A Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora (Ammejuf) anunciou, nesta quarta-feira (15), que os trabalhadores da categoria paralisarão os serviços de coletas de mercadorias e produtos em um shopping da Zona Norte de Juiz de Fora. A suspensão das atividades no local ocorre neste final de semana, na sexta (17), sábado (18) e domingo (19), em protesto a “condições de trabalho insalubres” e a “demandas de apoio não atendidas”, segundo afirma a entidade.

Segundo a nota divulgada pela associação, para atender o local, os motoentregadores precisariam aguardar os pedidos na rua ou em uma área para descarte de lixo, espaço sem infraestrutura adequada e exposto ao tempo. Uma das demandas da categoria é a implementação de ponto de apoio para que os trabalhadores possam ter acesso a serviços básicos, como água, banheiros, tomadas e bancos para descanso.

Segundo o secretário da associação, Nicolas Souza Santos, a paralisação foi aprovada pela maioria dos entregadores que coletam pedidos na instalação. “Tivemos reuniões sem avanço no sentido da liberação de espaço para o ponto de apoio, mesmo com empresas de aplicativos se disponibilizando a estruturar o ponto”, diz o representante.

Na tarde desta quarta-feira, Nicolas notificou as lojas do shopping sobre a decisão. Segundo ele, os estabelecimentos teriam afirmado a suspensão do delivery nas datas definidas da paralisação para evitar prejuízos. Somente as lojas que contam com equipes próprias de motoentregadores continuariam a receber pedidos para entrega em domicílio. 

A associação também acusa o estabelecimento de práticas “discriminatórias”, tais como a obrigatoriedade de uso de colete refletivo para entrar nas dependências, apresentação de dados pessoais e comprovações desnecessárias para acesso. “Não somos suspeitos, somos trabalhadores essenciais que sustentam o delivery”, disse o secretário em nota enviada à imprensa.

Em nota encaminhada à Tribuna, a assessoria do Jardim Norte alegou que “os espaços descritos como hubs de entrega, conforme estabelecido na Lei Municipal nº 14.752/2023, são de responsabilidade das operadoras de serviços por aplicativos de entrega e de transporte privado de passageiros que atuam no município. O shopping reforça que está à disposição dessas empresas e da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora para contribuir com essas iniciativas, dentro das suas atribuições e responsabilidades”.

Sobre a acusação de exigências discriminatórias para acesso às dependências do estabelecimento, a assessoria argumentou que segue o “procedimento de segurança padrão” e que “o acesso e permanência nas áreas restritas do shopping se dão por meio do controle de identificação de qualquer pessoa, sem exceção, seja funcionário, lojista ou prestador de serviço, que é o caso dos profissionais de entrega”.