Grupo de encomendas dos EUA vai cortar 12 mil empregos; anúncio vem após queda no faturamento

Empresa informou que procura ‘alinhar’ seus recursos às operações e decisão é o resultado de uma reorganização do grupo
O grupo americano de correio e entrega de encomendas UPS vai cortar 12.000 emprego. O anúncio foi feita nesta terça-feira (30), pela CEO da empresa, Carol Tomé, durante uma teleconferência para apresentar os resultados da companhia.
O anúncio surge pouco depois de a empresa publicar, nesta terça, uma queda de 7,8% no faturamento no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2022.
Tomé disse que a empresa procura ‘alinhar’ seus recursos às operações. Com sede em Atlanta, no sudeste dos Estados Unidos, a UPS tem, atualmente, 500.000 funcionários.
Procurada pela AFP, a empresa informou que essas demissões vão acontecer em todo o mundo.
A CEO explicou que essa decisão é o resultado de uma reorganização do grupo, mais do que uma consequência do enfraquecimento de sua atividade nos últimos meses.
'É uma mudança na nossa forma de trabalhar’, disse a executiva, acrescentando que, ‘quando o volume (de trabalho) aumentar, não prevemos recontratações’.
A UPS iniciou um programa maciço de automatização de seus centros de triagem. Criou, inclusive, um centro chamado UPS Velocity, em Louisville (Kentucky), onde parte das operações é realizada por 700 robôs.
Um dos principais concorrentes da UPS, a FedEX, cortou 29.000 empregos durante o ano fiscal de 2023, que terminou em maio. Empresas como UPS e FedEx enfrentaram uma redução nos pedidos desde o final de 2022, após a disparada durante a pandemia do coronavírus.
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