Governo considera ampliar faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 3.036 neste ano

Governo considera ampliar faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 3.036 neste ano
Segundo o ministro Fernando Haddad, ainda não foi resolvida a "inconsistência" na proposta do governo de elevar a faixa de isenção do IR para R$ 5.000. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O intuito é beneficiar trabalhadores que recebem mensalmente até dois salários mínimos, cujo valor foi reajustado para R$ 1.518 em 2025

Por O TEMPO

 

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira (14) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda passe de R$ 2.824 para R$ 3.036 ainda neste ano. O intuito é beneficiar trabalhadores que recebem mensalmente até dois salários mínimos, cujo valor foi reajustado para R$ 1.518 neste ano.

Questionado por jornalistas sobre a atualização, o ministro afirmou que a possibilidade de isentar quem recebe até dois salários mínimos está sendo considerada para "manter o ritmo de mudança da faixa de isenção". Ele acrescentou que essa foi uma orientação do presidente, mas preferiu não adiantar as fontes de compensação para a medida.

O ministro reafirmou que a prioridade do governo é a aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, o que deve ocorrer após as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, previstas para fevereiro. Em seguida, o governo iniciará as discussões sobre a proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 por mês, conforme a promessa feita por Lula durante a campanha eleitoral.

De acordo com Haddad, ainda não foi resolvida a "inconsistência" na proposta do governo para elevar a faixa de isenção do IR para R$ 5.000. O intuito do Executivo é apresentar ao Congresso uma proposta que garanta neutralidade fiscal, sem perda ou aumento na arrecadação. “Era já para ter terminado, mas a Receita (Federal) pediu mais dias. O importante é aprovar (a reforma da renda) esse ano”. 

“Como tem a eleição das duas Mesas, eu considero de bom tom esperar as Mesas se organizarem para que enviarmos essa proposta que está inscrita na Constituição, e que tem várias distorções no nosso sistema de Imposto de Renda, e essas distorções nós pretendemos corrigir tanto do ponto de vista distributivo quanto do ponto de vista de neutralidade fiscal”, disse o ministro.