Funcionário que morreu em queda de elevador no TRF6, em BH, não usava equipamentos de proteção

Funcionário que morreu em queda de elevador no TRF6, em BH, não usava equipamentos de proteção
Homem realizava manutenção do elevador na hora da queda Foto: Fred Magno / O TEMPO

Homem estava vestindo apenas o uniforme da empresa; o corpo foi encaminhado ao IML

O Tempo  Por Alice Brito

 

funcionário terceirizado que morreu durante a queda de um elevador no prédio do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte, não estava protegido por Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como estabelece a legislação para trabalhos em altura. Aldemir Rodrigues de Souza, de 40 anos, realizava a manutenção do equipamento quando ele despencou do 17º andar, na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro). Ele morreu na hora.

A falta dos equipamentos de proteção foi revelada durante a retirada do corpo da vítima do fosso do elevador, após mais de cinco horas de resgate pelo Corpo de Bombeiros. "O funcionário só usava a camiseta de uniforme da empresa que trabalhava", lamentou o tenente Dutra, da corporação.

De acordo com a lei (NR-35), os trabalhadores que realizam trabalhos em altura, acima de 2 metros, devem usar: 

  • Cinturão paraquedista;
  • Talabarte;
  • Trava queda;
  • Óculos de segurança;
  • Capacete de segurança;
  • Luvas de segurança;
  • Calçados de segurança.

A reportagem demandou a empresa responsável pelo trabalhador e aguarda retorno sobre o motivo da falta dos EPIs. Aldemir Rodrigues de Souza era natural do Ceará e deixa esposa e uma filha de 17 anos. 

 

Luto de três dias 

O desembargador e presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), Vallisney Oliveira, decretou luto oficial de três dias na Justiça Federal em Belo Horizonte após a morte do trabalhador terceirizado na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro). Aldemir Rodrigues de Souza realizava a manutenção de um elevador que caiu do 17º andar no prédio sede do tribunal, localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul. Ele morreu na hora. 

O expediente presencial nos três edifícios do TRF6 foi suspenso até sexta-feira, 6 de dezembro. Durante esse período, todos os servidores, colaboradores e estagiários deverão realizar trabalho remoto. Em nota, a Justiça Federal em Belo Horizonte lamentou profundamente o ocorrido e informou que está prestando o apoio necessário à família da vítima. Aldemir era casado e deixa uma filha adolescente.

Trabalhos de perícia 

O prédio foi isolado para os trabalhos da perícia. A Polícia Federal (PF) realizará a análise da questão estrutural e técnica dos elevadores. Já a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) ficará responsável pela perícia no corpo da vítima e pela remoção, que será feita pelo rabecão. O prazo para a conclusão dos resultados da perícia técnica é de no mínimo três meses.

 

O que aconteceu? 

Na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro), um trabalhador de manutenção perdeu a vida após a queda de um elevador do 17º andar no prédio da Justiça Federal, localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O equipamento estava sendo inspecionado no momento do acidente.

A vítima era funcionária de uma empresa terceirizada e possuía mais de 20 anos de experiência no setor. No instante da queda, o técnico encontrava-se na parte superior do elevador. Ele deixa a esposa e uma filha de 17 anos.