Feirante suspeito de matar motorista de aplicativo a tiros na feira da Monsenhor Eduardo é preso 9 meses após o crime

Feirante suspeito de matar motorista de aplicativo a tiros na feira da Monsenhor Eduardo é preso 9 meses após o crime
Material apreendido — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Fábio Eduardo de Oliveira Macedo é suspeito de matar o motorista de aplicativo Wlener de Oliveira Magdalena por conta de uma briga de trânsito na principal feira de Uberlândia. O crime ocorreu no dia 28 de janeiro e o feirante foi preso na madrugada deste sábado (9) em Goiás.

Por Gabriel Reis, Luan Borges, Alfredo Oliveira, g1 Triângulo — Uberlândia

O feirante Fábio Eduardo de Oliveira Macedo, de 48 anos, suspeito de matar o motorista de aplicativo Wlener de Oliveira Magdalena, em Uberlândia, foi preso na madrugada deste sábado (9) em Goiás. O homem foi encontrado em uma fazenda no município de Cachoeira Alta.

Barraca usada por Fábio para esconder armas — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Barraca usada por Fábio para esconder armas — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A informação foi confirmada ao g1 pelo delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão. De acordo com o delegado, mais detalhes da prisão serão repassados à imprensa na segunda-feira (11).

Fábio foi encontrado na área externa da casa onde ele estava se escondendo. Quando percebeu a aproximação policial, tentou fugir pela mata. Durante a perseguição, os policiais deram voz de prisão mas o feirante ignorou e continuou correndo.

Em determinado ele foi pego, imobilizado e preso.

Ele confessou ter armas de fogo escondidas em uma barraca e indicou à polícia onde estavam. No local foram encontradas espingardas, munições e um revólver.

Segundo a Polícia Civil, Fábio também responderá pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e de munições.

Até o momento ele está detido em Rio Verde (GO).

Material apreendido — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Material apreendido — Foto:

O homicídio do motorista de aplicativo, de 43 anos, foi registrado na feira livre da Avenida Monsenhor Eduardo no dia 28 de janeiro. Segundo a Polícia Militar (PM), o crime foi motivado por uma discussão de trânsito.

Fábio fugiu de carro após o crime. Relembre o crime mais abaixo.

Vídeo mostra feirante atirando e matando motorista de aplicativo em Uberlândia

Relembre o caso

  • Segundo a Polícia Militar, a briga começou quando a vítima foi à feira livre para deixar um passageiro;
  • Ao parar o carro para o desembarque, o suspeito, que seguia atrás dele em uma van, ficou irritado e começou a buzinar;
  • De acordo com o boletim de ocorrência, os dois discutiram;
  • O motorista de aplicativo abriu passagem para a van, mas a briga continuou e ambos saíram dos veículos;
  • Na sequência, o suspeito atirou na barriga da vítima. Com o motorista caído no chão, o feirante ainda atirou mais duas vezes e fugiu;
  • À PM, a esposa do feirante disse que o marido chegou em casa no início da manhã dizendo que "fez besteira", pegou documentos e fugiu no carro da família;
  • Os militares fizeram um cerco nas rodovias da região para tentar localizar o carro, que foi visto na BR-365, perto de Ituiutaba;
  • Conforme a PM, o suspeito abandonou o veículo próximo a uma plantação de cana-de-açúcar e entrou no meio da vegetação;
  • Dentro do veículo, a PM localizou uma arma e munições;
  • O homem foi preso 9 meses depois do crime, em 9 de novembro.

Quem é o motorista de aplicativo morto a tiros após briga de trânsito em feira livre em Uberlândia

Manifestação

Uma semana após o crime, família e amigos do motorista Wlener de Oliveira Magdalena fizeram uma manifestação na Avenida Monsenhor Eduardo, no dia 4 de fevereiro.

Homem é morto a tiros na feira livre da Avenida Monsenhor Eduardo — Foto: g1

Homem é morto a tiros na feira livre da Avenida Monsenhor Eduardo — Foto: g1

Ao g1, a filha mais velha dele, Aryane Gomes de Oliveira, disse que o objetivo foi cobrar uma resposta mais rápida da polícia.

 

"Não queremos que ele [feirante] fique impune porque da mesma forma que ele fez isso com a minha família, ele pode fazer com qualquer outra. Não desejo isso para ninguém, é uma dor que não passa e é um vazio que vai continuar porque meu pai não vai voltar. Então, queremos justiça", disse Aryane na época.