Dengue: 'é a maior epidemia da história disparada', afirma secretário estadual de Saúde
Fábio Baccheretti também falou sobre a preocupação com as enfermidades transmitidas pelo Aedes aegypti em meio às doenças respiratórias
HOJE EM DIA Por Gledson Leão*
Em menos de três meses, Minas soma 535 mil casos prováveis de dengue (registros confirmados e os ainda pendentes de exames). São 66 mortes confirmadas e outras 308 em investigação. Os números não deixam dúvidas de que essa já é a maior epidemia da história enfrentada, conforme confirmou nesta terça-feira (12) o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
O cenário já era esperado. Baccheretti diss que os dados de 2024 já superam 2016, quando Minas havia enfrentado a pior epidemia. O secretário concedeu entrevista para analisar o atual cenário das arboviroses - doenças como dengue, chikungunya e zika, que são causadas por vírus transmitidos por mosquitos - em Minas.
Ele falou sobre a preocupação com as enfermidades transmitidas pelo Aedes aegypti em meio às doenças respiratórias, como a Covid-19, que também provocado aumento na busca por socorro nas unidades de saúde.
"Além da sazonalidade, inciando em março, temos ainda muitos casos de arboviroses, é a maior epidemia da história disparada. Por isso, nos preparamos", afirmou o secretário, que voltou a falar que as mortes por dengue são "evitáveis".
"Comparando com o Distrito Federal, que tem incidência de dengue parecida, a nossa letalidade é tres vezes menor. Lembramos que mortes por dengue são evitáveis. E a forma de atendimento faz com que o Estado esteja com uma das menores letalidades da história".
Em Minas, dos mais de 500 mil casos prováveis de dengue, 185 mil foram confirmados. A letalidade é de 2,22% sobre as notificações graves. Em relação à chikungunya, são 50 mil prováveis, com 31 mil confirmações e 20 óbitos.
Segundo Baccheretti, por conta da alta de casos, a Rede Fhemig preparou um plano de contingência. No Hospital Eduardo de Menezes foram abertos 20 leitos de enfermaria. Hoje, a unidade contabiliza 104 leitos clínicos e 10 de terapia intensiva.
O Hospital Júlia Kubitschek, também é referência para atendimento aos pacientes com suspeita de dengue. Para esses atendimentos, foram destinados 32 leitos de enfermaria, além de uma sala de hidratação, que funciona 24 horas. O Hospital Infantil João Paulo II terá reforço no número leitos nos próximos dias.
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