Cruzeiro se pronuncia após confirmação de portões fechados contra o Palmeiras: 'Indignação'

Cruzeiro se pronuncia após confirmação de portões fechados contra o Palmeiras: 'Indignação'
Mineirão não contará com presença de torcedores para a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, nesta quarta (4/12) Foto: FMF/divulgação

Clube celeste afirma ter feito tudo o que era possível para tentar solucionar a questão e lamentou o 'atraso' da PMMG em dar retorno a CBF

O Tempo Sports    Por Frederico Teixeira

 

Momentos depois de a CBF ratificar portões fechados para a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, nesta quarta-feira (4), no Mineirão, o time celeste emitou uma nota para demonstrar sua indignação com a medida tomada pela entidade máxima do futebol brasileiro.

"O Cruzeiro vem a público manifestar sua profunda insatisfação e indignação com o desenvolver dos acontecimentos que culminaram com a decisão que a partida desta noite aconteça com os portões fechados", iniciou o clube em seu comunicado.

Os dirigentes da Raposa afirmaram ter tentado de todas as formas modificar o quadro desde que a polêmica a respeito da presença ou não das torcidas começou.

"Desde o dia 18 de novembro, o clube tem atuado ativamente com interlocuções com todos os meios responsáveis, como Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério Público, Polícia Militar de Minas Gerais, Confederação Brasileira de Futebol, Federação Mineira de Futebol e Superior Tribunal de Justiça Desportiva". 

O Cruzeiro ressaltou que, em momento tentou diminuir a importância do debate sobre a questão dos torcedores, até mesmo pela gravidade dos últimos fatos, quando um cruzeirense morreu após o ônibus que levava integrantes da Máfia Azul ser alvo de uma emboscada da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras. Entretanto, o clube entende que não pode ser penalizado por algo que foge à sua responsabilidade.

"A partir do primeiro momento, o Cruzeiro deixou claro sua preocupação com o quesito segurança para a partida em questão, devido aos recentes acontecimentos registrados de violência. Dessa forma, pediu garantias aos órgãos de segurança para que a partida acontecesse com as duas torcidas e, caso não fosse possível, que ao menos a torcida cruzeirense tivesse acesso ao estádio, uma vez que não podia ser penalizado por atos que não foram de sua responsabilidade", destaca outro trecho da nota. 

O clube celeste também detalhou como foram as tratativas com as autoridades estaduais para tentar solucionar o impasse, mas não teria recebido o retorno devido em tempo hábil.

"Ente os dias 26 e 29 de novembro, o Cruzeiro se reuniu com Marcel Dornas Beghini, Secretário Geral do Estado de Minas Gerais, e com o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Carlos Frederico Otoni, solicitando as garantias de segurança para a partida com as duas torcidas. Com a ausência destes, a Confederação Brasileira de Futebol determinou que a partida fosse disputada sem a presença da torcida e, na noite dessa terça-feira, (03) enviou ofício à Polícia Militar de Minas Gerais pedindo reconsideração sobre as garantias de segurança, para que pudesse viabilizar a realização da partida com a presença dos torcedores. A CBF aguardou retorno até às 00h e, então, determinou que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras não poderia receber público".

'Atraso' questionado

No documento, o Cruzeiro afirma que a demora no envio de uma resposta oficial positiva por parte da PMMG acabou sendo decisivo para a manutenção da partida com portões fechados.

"O Posicionamento público da Polícia Militar de Minas Gerais, avaliada pelo Cruzeiro como a melhor do Brasil, reconsiderando as garantias de segurança para a partida aconteceu somente na manhã desta quarta-feira. Este fato, somado à determinação da CBF desta madrugada, mantendo os portões fechados, inviabilizaram toda a complexa operação para a partida como questões de segurança, serviços e comercialização de ingressos".

Mesmo não concordando com o decisão, o Cruzeiro acatará a mesma e garantir ter feito tudo o que estava a seu alcance para alterá-la. "Sendo assim, esgotadas todas as possibilidades para que o clube cumpra o que tem como princípio; a presença das duas torcidas, o Cruzeiro cumprirá a determinação da CBF. Ressaltamos novamente que o clube trabalhou incansavelmente para defender os interesses de sua torcida e, até o último momento, trabalhou para que a Nação Azul pudesse estar presente e apoiar a equipe no Mineirão".

A partida é importante para as duas equipes. Enquanto o Palmeiras ainda segue na luta pelo título com o Botafogo, o Cruzeiro precisa somar pontos para buscar uma vaga na Libertadores de 2025.