Caso Ian: Pai e madrasta são condenados por homicídio qualificado em BH
O crime ocorreu em janeiro de 2023, no bairro Jaqueline, região Norte da capital mineira
O Tempo Por Raíssa Oliveira
O pai e a madrasta de Ian Cunha, morto aos 2 anos, foram condenados por homicídio qualificado, na madrugada desta quinta-feira (12), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. O crime ocorreu em janeiro de 2023, no bairro Jaqueline, região Norte da capital mineira.
A sentença foi proferida por volta de 1h30 pelo juiz Michel Curi e Silva, do 1º Tribunal do Júri de BH. O pai da vítima foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e contra menor de 14 anos.
Já a madrasta de Ian recebeu pena de 35 anos de reclusão, em regime fechado, por homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras foram motivo torpe, meio cruel, com recurso que dificultou a defesa e contra menor de 14 anos. Ele está preso na penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, desde o dia 12 de janeiro de 2023.
O casal está preso há quase dois anos. O homem está subsidiado na penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, desde o dia 12 de janeiro de 2023. Já a madrasta está no Presídio de Vespasiano, desde o dia 9 janeiro de 2023.
Relembre o caso
De acordo com as investigações, a madrasta teria agredido Ian com um instrumento contundente, provocando ferimentos graves. Apesar da gravidade das lesões, o pai não procurou atendimento médico imediato, permitindo que o menino permanecesse horas sofrendo antes de ser levado ao hospital.
A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aponta que o crime foi motivado por razões torpes. A madrasta não aceitava a criança, fruto de um relacionamento extraconjugal do companheiro. O pai, por sua vez, teria negligenciado os cuidados com o filho, tratando-o como um elemento de conflito no relacionamento.
Segundo o MPMG, a madrasta aproveitou um momento em que estava sozinha com Ian para cometer a agressão. O pai teria se omitido, ciente dos ferimentos graves sofridos pelo menino.
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