Casal é preso por aplicar golpe em confeiteiras que usavam imagem de clubes de futebol

Segundo as autoridades, o casal teria arrecadado cerca de R$ 4 milhões por meio dessas atividades ilegais

O Tempo Sports    Por Bárbara Ribeiro

Um homem de 30 anos e uma mulher de 26 foram presos no dia 30 de setembro, durante a operação "Verita Visus", conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais. O casal é suspeito de envolvimento em extorsão, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Segundo as investigações, o casal faturou cerca de R$ 4 milhões com essas atividades ilegais. Naturais de Santos Dumont, na Zona da Mata mineira, eles foram denunciados em diversas regiões do país por aplicar golpes em vendedores de produtos que supostamente infringiam direitos autorais.

Os suspeitos fingiam interesse na compra de produtos e solicitavam informações detalhadas. Em seguida, um setor da empresa entrava em contato para exigir uma compensação financeira, alegando infração de direitos autorais. O valor cobrado variava conforme a quantidade de seguidores do perfil. Aqueles que se recusavam a pagar tinham suas contas denunciadas e bloqueadas.

Uma das vítimas foi uma artesã de Salvador (BA), que anunciou uma pequena caixa de papelão decorativa com o escudo de um time de futebol por R$ 1,60. A empresa exigiu que ela pagasse R$ 1.600 por uso indevido da imagem. Ao se recusar, a artesã teve sua página nas redes sociais denunciada e suspensa.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da empresa e na residência dos investigados. A ação resultou na suspensão das atividades e no bloqueio das contas bancárias da empresa e dos envolvidos. Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares, notebooks, registros contábeis, equipamentos de informática e um veículo de luxo.

O casal foi levado ao sistema prisional e permanecerá à disposição da Justiça.

Confeiteira notificada por uso indevido de imagem

Luciana Aparecida Dias Costa, de 54 anos, confeiteira de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também foi alvo de notificação extrajudicial, exigindo uma indenização de R$ 7 mil em nome do Esporte Clube Bahia, por uso de papel de arroz com a imagem do clube. Após negociação, o valor foi reduzido para R$ 1.800, parcelados em 10 vezes.

Luciana informou que o pagamento foi feito diretamente ao escritório Bianchini Advogados, e não ao clube. O Esporte Clube Bahia confirmou à reportagem de O TEMPO Sports que a empresa parceira é responsável por cobrar indenizações em casos de uso indevido de imagem, o que se enquadra em pirataria.

A reportagem de OTEMPO SPORTS procurou a empresa No Fake para obter um posicionamento, mas não obteve retorno até o momento. Esta matéria será atualizada conforme houver novas informações.