Atirador de Donald Trump teria comprado 50 cartuchos de munição no dia do atentado, afirma jornal

Atirador de Donald Trump teria comprado 50 cartuchos de munição no dia do atentado, afirma jornal
Thomas Crooks tinha 20 anos Foto: Reprodução
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Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto após os disparos e é apontado pelo FBI como principal suspeito da tentativa de assassinato

O Tempo    Por Agências

 

Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, apontado pelo FBI como o homem que atirou contra o ex-presidente americano Donald, Trump teria comprado 50 cartuchos de munição em uma loja de armas local na manhã do atentado. O atentado ocorreu durante um comício eleitoral em Bethel Park, na Pensilvânia, no último sábado (13). O jovem foi morto após os disparos. 

As informações sobre a munição foram publicadas pelo The Washington Post, que também revelou que o fuzil usado teria sido comprado legalmente pelo pai do atirador há 11 anos, mais precisamente em 2013. 

Uma fonte conversou com o jornal sob condição de anonimato para compartilhar informações que não foram divulgadas publicamente.

O The Washington Post afirmou ainda que o celular do atirador foi vistoriado e o FBI afirmou que técnicos conseguiram acessar os dados do telefone de Thomas. A agência ainda não informou, no entanto, quais dados obtiveram e se varredura forneceu provas dos motivos do atirador. O carro e a casa do atirador também foram vistoriados.

Quase 100 depoimentos foram colhidos deste o atentado e foram ouvidos agentes, participantes do evento e outras testemunhas. Além disso, o FBI recebeu centenas de pistas por e-mail. Até o momento, não encontraram nenhuma postagem do jovem nas redes sociais com tom ameaçador.

O que a polícia já sabe sobre Thomas?

Crooks era de Bethel Park, Pensilvânia, a cerca de 64 km do local do comício. O FBI e a polícia de Pittsburgh informaram que os disparos contra Donald Trump estão sendo tratados como "tentativa de assassinato" e não descartam a possibilidade de haver outras pessoas envolvidas no episódio.

O atirador estava registrado no Partido Republicano, o mesmo de Trump. Apesar do registro, Crooks doou US$ 15 (R$ 81) para um comitê progressista em 20 de janeiro de 2021. Foi nessa data que o presidente Joe Biden foi empossado. O "Progressive Turnout Project" é uma organização que se dedica a impulsionar candidaturas democratas. A iniciativa também investe financeiramente em organizações focadas em engajar jovens eleitores.

O administrador da casa de repouso onde Crooks trabalhou como auxiliar também enalteceu o bom comportamento do jovem. "Estamos chocados e tristes ao saber de seu envolvimento, pois Thomas Matthew Crooks desempenhou seu trabalho sem problemas e sua verificação de antecedentes estava limpa", disse Marcie Grimm, administrador do local, em um comunicado.

A casa de repouso ainda disse que está "cooperando totalmente" com a polícia. Segundo Marcie Grimm, Crooks não tinha antecedentes criminais quando foi contratado.Crooks sofria bullying na escola. A informação é de Jason Kohler, que estudou com o atirador na Bethel Park High School, onde ele se formou em 2022. Em entrevista à Associated Press, o antigo colega disse que Crooks ficava sentado sozinho na hora do almoço e ele era alvo de piadas pela maneira como se vestia.

O FBI declarou ainda que a família do atirador também está "cooperando com as investigações federais". 

 

(Folhapress)