Policial civil atropelado em abordagem tem perna amputada; suspeito é tenente com sinais de embriaguez

César Gonçalves e Sá passou por cirurgia nesta segunda-feira (5) e está em estado grave. Ele foi atropelado no domingo (4) na Avenida Governador Benedito Valadares, na Região Oeste de Belo Horizonte.

Por Patrícia Luz, g1 Minas — Belo Horizonte

O policial civil César Gonçalves e Sá, de 47 anos, atropelado durante uma abordagem na Região Oeste de Belo Horizonte, teve a perna amputada.

• Ele foi atropelado na noite deste domingo (4) na Avenida Governador Benedito Valadares, no bairro Vila Oeste, na Região Oeste de Belo Horizonte.
• O suspeito de causar o acidente e o tenente do Exército Caio Felipe Santos, de 25 anos, que apresentava sinais de embriaguez. (leia mais abaixo)

A informação foi confirmada, nesta terça-feira (6), por Tarcísio Amador Neto, primo da vítima. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno.

César Sá está internado no Hospital João XXIII e, segundo o parente, a cirurgia foi realizada nesta segunda-feira (5).

Ainda segundo o primo, a amputação foi feita na perna esquerda, abaixo do joelho, e o policial encontra-se grave, em coma induzido. A unidade hospitalar não informa sobre o estado de saúde dos pacientes.

O acidente

De acordo com o boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), o acidente aconteceu quando uma equipe da Polícia Civil fazia uma abordagem e tentava sinalizar o local.

O BO informa que o Uno dirigido por Caio Felipe Santos atingiu o policial, que foi arremessado a cerca de 20 metros e bateu contra a mureta da Via Expressa.

O motorista disse que pensou que se tratava de uma pessoa pedindo carona e que o atropelamento ocorreu porque ele tentou se desviar de um triângulo de sinalização.

A vítima foi socorrida e levada pelo helicóptero Pégasus, da PM, para o Hospital João XXIII. Segundo relatório médico, ela sofreu fraturas nas pernas, inclusive no fêmur, e passou por cirurgia.

O tenente disse que ingeriu bebida alcoólica, mas que fazia muito tempo, e se recusou a fazer o teste do bafômetro.

O suspeito foi levado para uma delegacia de Polícia Civil e o comando do Exército acompanhou.

Em nota, a Seção de Comunicação Social do Comando Militar do Leste confirmou que o militar pertence ao 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha e que ele se envolveu no acidente. Disse ainda que "um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso".

A Polícia Civil informou que lavrou "um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em desfavor do condutor do veículo, de 25 anos, por praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, que assumiu o compromisso de comparecer à audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis".

O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito.