Piloto da Azul evita ‘possível acidente’ fazendo um ‘pouso-caranguejo’; saiba o que é
Antes de tomar a decisão, ele arremeteu e só tentou novamente o pouso quando o vento ficou compatível com a a performance da aeronave
Maria Teresa Leal Itatiaia
Graças à perícia do piloto, um avião da Azul pousou em segurança e ninguém ficou ferido no Aeroporto de Chapecó no Oeste de Santa Catarina, na última quinta-feira (22). A manobra, conhecida como pouso-caranguejo ou crab approach, em inglês, é utilizada em casos de vento forte, em que há risco de as rajadas empurrarem o avião para fora da pista.
O avião aterrissou ‘levemente’ de lado, com o objetivo de compensar o vento cruzado. A explicação foi dada pelo professor de engenharia aeroespacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Rafael Cuenca.
Uma pessoa que estava no local na hora filmou todo o ocorrido. Nas imagens, o avião aparece descendo de forma perpendicular à pista. O pouso foi considerado normal e todos saíram da aeronave em segurança. Na hora da aterrissagem, a velocidade do vento era de 50 km/h, de acordo com a Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo do aeroporto.
Além de dominar a técnica do pouso-caranguejo, o piloto precisa estar atento às particularidades de cada aeronave e cada aeroporto. No caso do Aeroporto de Chapecó, o piloto arremeteu, inicialmente, porque a Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo explicou que a intensidade do vento estava acima da capacidade de suportar da aeronave.
Em seguida, ele decidiu esperar que a situação melhorasse um pouco e optou pelo pouso caranguejo. Se os passageiros perceberam ou não o problema? Depende do nível de turbulência. Mas os mais atentos devem ter notado que a aeronave não estava alinhada com a pista.
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