Operação prende integrante de facção de MG ligada ao Comando Vermelho

Operação prende integrante de facção de MG ligada ao Comando Vermelho
Coletiva sobre a operação Blot Foto: Videopress Produtora
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Grupo seria responsável por crimes como lavagem de dinheiro, roubo de cargas e tráfico internacional de drogas

O TEMPO Cidades

Um homem de 37 anos suspeito de integrar uma grande organização criminosa em Minas Gerais está preso de forma preventiva. Ele é apontado como responsável por lavar dinheiro para uma facção ligada ao Comando Vermelho e que atua também em outros crimes, como roubo de cargas, tráfico de drogas nacional e internacional e compra de armas de fogo. Outros três suspeitos estão foragidos.

A prisão ocorreu na segunda fase da operação Blot, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), da Polícia Civil de Minas Gerais. Na primeira fase da operação, desencadeada em março deste ano, 15 pessoas já haviam sido presas. A segunda fase foi realizada em três estados do Brasil e apreendeu diversos bens de luxo.

O homem preso na segunda fase foi encontrado no Paraná, onde teria se escondido para fugir das investigações. Antes, conforme a PCMG, ele passou pelo Espírito Santo. "Existem diversas empresas de fachada usadas por esta organização. Ele estava por trás de 30 delas. Ele foi ouvido, admitiu que geria as empresas e se disse empresário do ramo de bebidas, mas a investigação provou que as movimentações eram ilícitas. Ele tinha 40 milhões em dívidas por sonegação fiscal", explica o delegado do Deoesp Thiago Machado.

Além da prisão do suspeito, também foram sequestrados e apreendidos diversos bens em Furnas, Capitólio e Balneário Camboriú. No total, foram sequestrados 21 veículos (10 foram apreendidos e são avaliados em R$ 1 milhão), 24 imóveis e duas lanchas, uma delas avaliada em R$ 1 milhão. Segundo a investigação, todos os itens foram obtidos com dinheiro oriundo dos crimes cometidos pela quadrilha. Também foram bloqueadas 62 contas correntes de outros investigados, que juntas somariam o valor de R$ 600 milhões. 

O homem preso na segunda fase da operação pode ser indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. As investigações continuam para identificar e localizar outros suspeitos, além de encontrar e apreender outros bens da quadrilha.

Outros investigados

Outros três homens são procurados pela Polícia Civil de Minas Gerais, um deles o grande líder da organização. De acordo com a PCMG, ele 'fundou' a quadrilha, cometendo roubos de carga e, depois, migrou para o tráfico de drogas. Ele e outros dois homens estão foragidos e seriam lideranças do Comando Vermelho em Minas Gerais.