Operação na Cracolândia interdita hotéis e pensões usadas por facção

Operação na Cracolândia interdita hotéis e pensões usadas por facção
Operação Downtown 2.jpg Armas, drogas e mais de R$ 27 mil em espécie foram apreendidos na terceira Operação Downtown SSP
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Segundo a polícia, 28 hospedagens eram usadas para a lavagem de dinheiro; 14 pessoas foram presas e R$ 27 mil reais foram apreendidos

 Itatiaia

Investigação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico de São Paulo (Denarc) aponta que hotéis em pensões na chamada Cracolândia, no centro de SP, são usados por traficantes para lavar dinheiro. Nesta quinta-feira (13), durante a terceira fase da Operação Downtown, 14 suspeitos foram presos. Foram apreendidos R$ 27 mil em espécie, além de joias, armas, drogas e 30 aparelhos celulares.

 

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Secretário de Segurança de SP Guilherme Derrite sobre a Operação Downtown

SSP

De acordo com a polícia, 28 hospedagens eram usadas para lavagem de dinheiro da facção criminosa. As hospedagens funcionavam não só para o armazenamento de drogas, mas, também, como o ponto de partida para as operações fraudulentas numa espécie de “rede colaborativa” para dar aparência de licitude, ou seja, empresas que funcionavam normalmente, com CNPJ ativo, mas, que eram utilizadas para o crime organizado.

 

O objetivo desta fase é comprovar que existe participação de hotéis na lavagem de dinheiro e existem nomes de hotéis que ainda não podem ser divulgados pois estão sendo investigados que movimentam uma quantidade alta de dinheiro.
A Justiça autorizou o bloqueio de 26 contas de pessoas jurídicas e físicas envolvidas no esquema.

 

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Foram aprendidos drogas em hotéis na região da Cracolândia, centro de São Paulo

SSP

“Estamos juntando as peças do quebra-cabeça do ecossistema financeiro do crime organizado. A operação é, de fato, um ataque, uma asfixia financeira contra os integrantes da facção”, explicou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Conforme os investigadores, nas operações anteriores foi possível levantar informações para apurar o fluxo de capital, ou seja, “nós seguimos o dinheiro”, explicou o diretor do Denarc, Ronaldo Sayeg. “Nós conseguimos fazer o raio-x de como o dinheiro entra ficticiamente nessa movimentação para que no final deságue em algumas empresas controladas pelo crime organizado.”

Além das apreensões desta quinta-feira (13), um laboratório de drogas foi descoberto em São Lourenço da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

Outras fases

 

A primeira fase aconteceu em junho do ano passado, com 27 mandados de busca e apreensão e 33 presos. A segunda fase terminou com cinco presos e R$ 43 mil apreendidos.