Olimpíada de Paris começa com caos em trens e aeroporto após ataque e suspeita de bomba
Vandalismo na linha ferroviária afeta 250 mil pessoas
A rede ferroviária francesa de alta velocidade foi atingida, nesta sexta-feira (26/07), por atos de vandalismo generalizados e "criminosos", incluindo ataques incendiários, que paralisaram várias linhas que ligam Paris ao resto da França e a países vizinhos horas antes da grande cerimônia de abertura da Olimpíada.
Ao mesmo tempo, o aeroporto de Basileia-Mulhouse, na França, próximo à fronteira da Suíça, foi evacuado devido a uma ameaça de bomba. Todos os voos foram temporariamente cancelados e uma equipe faz uma varredura em todo o local. Ao longo do últtimo ano, o fluxo de voos no aeroporto já havia sido interrompido sob ameaças semelhantes.
Os ataques às linha ferroviárias, no momento em que os olhos do mundo se voltam para Paris, devem afetar 250 mil pessoas só nesta sexta-feira e se prolongar pelo fim de semana, apontam autoridades. O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, tratou da fuga de pessoas do local dos incêndios e a descoberta de dispositivos incendiários. "Tudo indica que se trata de incêndios criminosos", disse à imprensa local.
O ministro também foi às redes sociais e afirmou que equipes já estão trabalhando para restabelecer as condições de trânsito o mais rápido possível. A maioria dos serviços para o Norte de França, Bélgica e Reino Unido está sob atrasos.
O ataque ocorre num contexto de tensões globais e de medidas de segurança reforçadas, a medida em que a cidade se preparava para os Jogos Olímpicos de 2024. Muitos turistas deveriam chegar à capital para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos que acontece nesta sexta-feira.
Autoridades denunciaram os atos, embora afirmem que não há sinais imediatos de uma ligação direta com os Jogos Olímpicos. A polícia nacional afirmou que as autoridades investigam os incidentes. A ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castera, afirmou que estão trabalhando para "avaliar o impacto nos viajantes, nos atletas e assegurar o transporte de todas as delegações para os locais de competição" dos Jogos Olímpicos.
À imprensa local, na televisão BFM, acrescentou: "Jogar contra os Jogos é jogar contra a França, contra o seu próprio campo, contra o seu país". Ela não identificou os responsáveis pelos ataques.
(Estadão Conteúdo)
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