Membros da Máfia Azul são condenados por morte de torcedor do Atlético em BH

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Samuel e Riquelme foram sentenciados a 67 e 50 anos de prisão, respectivamente, por envolvimento em um ataque a um ônibus em 2021

Por Matheus Oliveira O Tempo

O 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte condenou nesta quinta-feira (8 de agosto) mais dois membros da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, acusados de matar um torcedor do Atlético e deixar outras nove pessoas feridas em um ataque a um ônibus em BH. O crime foi cometido em novembro de 2021, no bairro Novo das Indústrias, região do Barreiro.

Samuel Paixão de Souza foi condenado a 67 anos de prisão, e Riquelme Enderson Ribeiro da Silva, a 50 anos. Ao todo, seis integrantes da Máfia Azul foram denunciados pelo Ministério Público. Inicialmente, Luiz Gustavo da Silva Veloso e Pedro Henrique Coimbra Braga seriam julgados junto a Riquelme e a Samuel, mas o processo foi desmembrado nesta quarta-feira (7 de agosto), e o júri deles foi marcado para 24 de outubro.

Os outros dois envolvidos no crime foram julgados em 11 de maio de 2023. Gustavo Luiz da Silva foi condenado a 61 anos e oito meses de prisão, e Walker Marcelino Gouveia Lopes, a 46 anos e quatro meses.

A pena de Samuel é composta pela seguinte condenação: 24 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, oito anos por tentativa de homicídio triplamente qualificado e 35 anos por cinco tentativas de homicídio duplamente qualificadas. Riquelme, que era menor de 18 anos à época do crime, foi absolvido de uma das tentativas de homicídio. Pelos mesmos crimes de Samuel, ele recebeu 20, 6 e 24 anos de prisão, respectivamente.

O caso

Por volta das 20h de 28 de novembro de 2021, integrantes da Máfia Azul fizeram uma emboscada para abordar um ônibus com torcedores do Atlético na Rua Desembargador Reis Alves, após um jogo entre Galo e Fluminense no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro.

Segundo a Polícia Militar, os passageiros da linha 6350 (Estação Barreiro/Estação Vilarinho) relataram que o ônibus foi interceptado por um veículo Chevrolet Blazer, onde estavam os criminosos. Em seguida, os vândalos teriam atirado em direção ao coletivo pedras, foguetes, pedaços de pau e barras de ferro.

A denúncia afirma, ainda, que os acusados bloquearam as portas do ônibus para que ninguém saísse, nem mesmo passageiros que não eram torcedores. O ataque matou Mateus de Freitas Ferreira, que chegou a ser levado em estado grave para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu. Também ficaram feridas outras nove pessoas, de 19 a 50 anos, que foram levadas para unidades de saúde.