Esposa de Deyverson, do Atlético, sobre fim da escala 6x1: “O que o seu chefe tem a ver com isso?”
Esposa do atacante do Atlético opinou sobre o tema que vem sendo discutido na Câmara dos Deputados nos últimos dias
O TEMPO Sports
Pauta na Câmara dos Deputados nos últimos dias, o fim da escala de trabalho 6x1 também foi assunto para Karina Alexandre, esposa de Deyverson, atacante do Atlético. Na tarde desta terça-feira (12), a influenciadora digital falou sobre o assunto em suas redes sociais.
“Pessoal e o babado do 6x1. Eu e Deyverson vivemos de CLT, também como empresários, então estamos dos dois lados da moeda. A minha opinião. Vejo as pessoas lutando pelo 6x1. Cientificamente foi comprovado que aumentar mais uma hora de carga horária de segunda a quinta para folga sexta, sábado e domingo está dando super certo nesses lugares onde as pessoas chegam e trabalham. Isso tem em todos os lugares, gente que trabalha feliz e não”, disse Karina.
A esposa do atacante do Atlético questionou sobre de quem são as responsabilidades sobre a mudança. Para ela, os empregadores não tem culpa das dificuldades que os trabalhadores enfrentam. “As pessoas reclamam que demoram para chegar no emprego, trabalha e que o dinheiro não dá pra nada, não tem qualidade de vida. Gente, o que o seu chefe tem a ver com isso. Isso que não entra a ver com isso. O que meu chefe, o do Deyverson tem a ver com isso. Não é culpa deles. Como vamos ter qualidade de vida se o preço das coisas só sobem”, disse a influenciadora.
Karina também usou a Espanha, onde viveu com Deyverson, como exemplo. Segundo ela, o país europeu tem um transporte público que funciona, o que facilita a vida do trabalhador. “Eu viajo para vários países e vejo que a gente que tem a matéria prima, somos o maior fornecedor da maioria das coisas, alimentos, petróleo. E onde tem a matéria prima é o lugar mais caro. Tem gente que atravessa a fronteira para abastecer que compensa. A culpa é do seu chefe mesmo? Essa picuinha é do governo, da política e todo mundo cai. Temos que unir e bater de frente com quem está errado”, disse.
“Vivi na Espanha e falo que o transporte público de lá é ótimo. A pessoa não vai trabalhar de Lamborghini porque tem de graça. Tem várias propostas se você é estudante, lá funciona. As pessoas não vão de carro pro serviço. A política investe em quem paga imposto”, finalizou.
Briga pelo fim da escala 6x1
A PEC muda o artigo 7 da Constituição, que, hoje, prevê um regime de trabalho de 44 horas semanais — permitindo aos empregadores que adotem para seus funcionários uma escala com seis dias de trabalho e um dia de descanso.
O projeto diminui a duração para 36 horas semanais e inclui uma previsão de jornada de trabalho com quatro dias. Ele determina que o regime seja implementado em até 360 dias após a publicação da PEC.
Na justificativa que se segue à proposição, a deputada Erika Hilton argumenta que a mudança é reflexo de um movimento global de trabalho e avalia que a escala 6X1 contribui para a exaustão dos trabalhadores. "A carga horária imposta por essa escala afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e as relações familiares", observa.
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