Delegado é acusado de manter filho como funcionário fantasma em delegacia de MG
Ação do Ministério Público diz que jovem recebeu R$ 47 mil, ao todo, e nunca teria ido ao trabalho
O TEMPO
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acusa um delegado da Polícia Civil de nepotismo e de manter um filho como funcionário fantasma na delegacia onde ele próprio trabalhava, em Itambacuri, no Vale do Rio Doce.
O MPMG move uma ação contra o delegado e afirma que ele usou o cargo para pedir a contratação e manter um filho e uma filha como servidores da delegacia às custas dos municípios de Itambacuri e Jampruca, na mesma região.
Conforme a ação, em 2021 o delegado conseguiu junto ao município de Jampruca a contratação e a cessão de seu filho para atuar na delegacia, mas o jovem nunca teria ido ao trabalho e, até 2024, teria embolsado ao todo R$ 47 mil de salários, em valores atualizados.
Já em 2023, diz a ação, o delegado solicitou ao município de Itambacuri a cessão de sua filha, que trabalhava na Secretaria Municipal de Saúde, para ocupar um cargo na delegacia. Depoimentos colhidos pelo MPMG apontam que a mulher trabalhou como escrivã na unidade policial. "A cessão não se deu por critérios objetivos, mas por escolha e influência familiar de seu pai", afirma o Ministério Público.
Segundo o MPMG, o delegado trabalhou em Itambacuri de 2015 a junho deste ano. O órgão ainda não respondeu a O TEMPO se o funcionário público foi transferido, aposentou-se ou foi afastado do cargo.
Os três responderão por improbidade administrativa e, se condenados, podem ser punidos com a perda da função pública e dos bens e valores conseguidos ilicitamente, o pagamento de multa e a suspensão dos direitos políticos.
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