CPI contra padre Júlio Lancellotti é protocolada na Câmara de SP

CPI contra padre Júlio Lancellotti é protocolada na Câmara de SP
Padre Júlio Lancelotti é famoso por ações sociais em São Paulo Rovena Rosa/Agência Brasi

Requerimento de abertura conta com 19 assinaturas; abertura da investigação depende de aprovação em plenário

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos casos de abusos cometidos pelo padre Júlio Lancellotti foi protocolada na quarta-feira (13) na Câmara de São Paulo pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). O requerimento contou com 19 assinaturas de vereadores, o mínimo para ser protocolado.

A partir de agora, embora não tenha uma data definida, o pedido de abertura da CPI será votado em plenário. Para que a comissão seja instalada, serão necessários 28 dos 55 votos possíveis. Nunes pediu apoio aos vereadores para que a CPI seja aberta. Veja mais abaixo quem apoiou o requerimento.

 

No pedido, o parlamentar diz que o objetivo da comissão será de “apurar violações à dignidade humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”.

Esta é a segunda tentativa do vereador para investigar o padre. No ano passado, Nunes tinha protocolado outro pedido de CPI para investigar a atuação de ONGs na região da Cracolândia. Ele não mencionava o padre, mas nas redes sociais atacou o religioso, o que levou o pedido de abertura da CPI a perder apoio.

O padre Júlio Lancellotti comanda a Pastoral do Povo de Rua de São Paulo e tem atuação voltada aos mais necessitados. Desde o ano passado, ele tem sido alvo de supostas denúncias de abuso ou teor sexual. O padre tem negado as acusações. Há uma semana, ele tem publicado nas redes sociais vídeos e mensagens de entidades e pessoas que o apoiam.

A reportagem tenta contato com o padre e a Arquidiocese de São Paulo.

Vereadores que assinaram o requerimento de abertura da CPI:

  • Adilson Amadeu (União Brasil)
  • André Santos (Republicanos)
  • Atílio Francisco (Republicanos)
  • Cris Monteiro (Novo)
  • Eli Corrêa (União Brasil)
  • Ely Teruel (Podemos)
  • George Hato (MDB)
  • Fernando Holiday (PL)
  • Isac Felix (PL)
  • João Jorge (PSDB)
  • Major Palumbo (PP)
  • Marcelo Messias (MDB)
  • Marlon Luz (MDB)
  • Milton Leite (União Brasil)
  • Rodolfo Despachante (PP)
  • Rute Costa (PSDB)
  • Sansão Pereira (Republicanos)
  • Rinaldi Digilio (União Brasil)
  • Rubinho Nunes (União Brasil)