Corpos das vítimas da queda de avião em SC são liberados para translado até Minas

Corpos das vítimas da queda de avião em SC são liberados para translado até Minas
À esquerda, o piloto Geraldo Cláudio de Assis Lima, e à direita, o empresário Antônio Augusto Castro Foto: Redes Sociais / Reprodução
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Polícia Científica catarinense concluiu os exames; piloto e empresário não resistiram ao impacto

Por Isabela Abalen O Tempo

Foram liberados para as famílias, na noite dessa terça-feira (4 de junho), os corpos do piloto Geraldo Cláudio de Assis Lima, de 66 anos, e do empresário, Antônio Augusto Castro, de 52, mineiros vítimas da queda do avião bimotor no Norte de Santa Catarina. A informação foi confirmada pela Polícia Científica catarinense. Os parentes são responsáveis pelo traslado dos corpos de volta à Minas Gerais.

De acordo com a polícia, a checagem da identidade das vítimas foi finalizada na noite dessa terça-feira (4 de junho). Após o procedimento, que é padrão, os corpos já podem passar por velório e enterro. “A responsabilidade da retirada (dos corpos) e o traslado é da família”, informou a instituição. 

O avião de pequeno porte foi localizado por volta das 5h dessa terça-feira (4 de junho). A aeronave estava desaparecida desde a noite de segunda e foi localizada próxima à SC-416, entre as cidades de Garuva e Itapoá, no Norte de Santa Catarina. 

Mais sobre o acidente 

A aeronave saiu de Governador Valadares, na região do Rio Doce, e tinha destino a Florianópolis, mas não conseguiu pousar no aeroporto de Joinville momentos antes da queda. O veículo pertence a uma construtora de Belo Horizonte. 

O local onde a aeronave caiu é de mata fechada e ribanceira. Por isso, quando os militares encontraram as duas vítimas, solicitaram apoio para retirada segura dos corpos. 

Imagens da ação do Corpo de Bombeiros do Estado catarinense mostram os destroços da aeronave (veja AQUI). A carcaça do veículo foi queimada e chegou a ter partes despedaçadas. 

Piloto teria tentado pousar no aeroporto de Joinville 

Segundo o capitão Ricardo Alberto Dummel, do 7° Batalhão dos Bombeiros de Santa Catarina, o piloto teria optado por descer no aeroporto de Joinville, mas não teve sucesso. O avião, então, precisou retornar e caiu em seguida. 

"Segundo as nossas informações, por motivo desconhecido, ela (a aeronave) optou por descer no aeroporto de Joinville, onde acabou a arremetendo, vindo posteriormente a cair na localidade Barrancos, que é uma região limítrofe entre os municípios de Itapoá e Garuva”, disse. 

O trajeto do voo 

O avião bimotor estava a 3.660 metros do chão quando começou a perder altitude nos 20 minutos finais do trajeto. Mesmo perdendo altitude, o veículo chegou a velocidades maiores de 300 km/hora. As informações foram mapeadas pela ferramenta Flight Aware. 

A tripulação saiu de Governador Valadares às 14h10 de segunda (3) e teve a sua última localização marcada às 17h38, ficando 3h28m no ar. Ainda conforme o trajeto, o avião ficou a maior parte do tempo, cerca de 3h, a 3.660m de altitude – confira a rota completa clicando aqui.

Quem são as vítimas? 

  • O piloto Geraldo Cláudio de Assis Lima
  • O empresário Antônio Augusto Castro

O que causou o acidente? 

As causas do acidente aéreo serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER).

Investigadores do órgão ligado às Forças Armadas do Brasil (FAB), que fica em Brasília (DF), já estão a caminho do Estado catarinense para realizar a "ação inicial" da ocorrência.

"Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", detalhou o Cenipa. 

Aeronave funcionava como transporte privado

O avião, um Beech Aircraft modelo 95-B55, é de 1982, mas foi adquirido pelo atual proprietário há menos de um mês, tendo sido transferido para o dono no dia 13 de maio deste ano. 

Com seis assentos e um piloto, a aeronave era voltada apenas para transporte privado e pertencia a uma grande construtora sediada em Belo Horizonte.