Comunidade de Ibitipoca questiona ‘falta de assistência’ da Arquidiocese de JF

Fiéis reclamam do número de missas mensais, horários inacessíveis e ausência de padre nas celebrações da Semana Santa

Por Bernardo Marchiori Tribuna de Minas 

Poucas missas, horários inacessíveis e ausência de padre para as celebrações da Semana Santa. Estas são as principais reclamações da comunidade católica de Conceição do Ibitipoca, ouvida pela Tribuna, em relação à ausência de atuação da Arquidiocese de Juiz de Fora no distrito. Um morador do local, que preferiu não ter seu nome divulgado, contou que, há pouco tempo, Ibitipoca contava com apenas duas missas mensais. Só “recentemente”, o número de celebrações passou para três ao mês

“Pelo direito canônico, toda paróquia precisa ter missa todos os domingos. Já cobramos a Arquidiocese, e não recebemos nenhum posicionamento. Aqui é um distrito turístico, e até os turistas reclamam da falta de assistência com a nossa comunidade”, relata.

Ainda de acordo com o morador, uma revolta recente da comunidade se deu pela notícia da criação de duas novas paróquias pela Arquidiocese de Juiz de Fora em outras localidades. “Como vão fazer isso, sendo que não tomam conta da nossa – que, por sinal, é a mais antiga da instituição?”, indaga.

Outra situação que incomoda a comunidade é a ausência de um padre para as celebrações da Semana Santa. “Um leigo virá para celebrar. Nós temos um potencial de turismo religioso muito grande. Queremos um esclarecimento e uma solução”, pede. Também é citada a pouca acessibilidade nos horários. “As missas geralmente são às 15h, no primeiro e no terceiro domingo do mês. Nem todos conseguem participar.”

Questionada, a Arquidiocese de Juiz de Fora respondeu em nota que o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, “está atento à questão e sempre preocupado em possibilitar o máximo de assistência a todas as paróquias, em especial à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Ibitipoca, a quem dedica especial afeição, inclusive por ser uma das igrejas mais antigas da Arquidiocese”.