Com vento, frio e ondas fortes no Guaíba, moradores são orientados a sair de casa em Porto Alegre
Capital gaúcha chegou a registrar 11°C na manhã desta terça-feira (14); Brigada Militar ajudou a retirar 30 pessoas de casa no bairro Lami, no Sul da capital gaúcha
Itatiaia Por Fernanda Rodrigues
A situação de Porto Alegre é agravada pela cheia do Guaíba, a chegada de uma frente fria que derruba as temperaturas da cidade e fortes ventos costeiros que formam ondas no rio, inclusive em áreas alagadas. A capital gaúcha está sob alerta amarelo (perigo potencial) de ventos fortes, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o fim da tarde desta terça-feira (14).
O nível do Guaíba aumentou 18 centímetros entre a tarde de segunda (13) e a madrugada desta terça (14). Conforme dados da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), às 11h desta terça, o nível do rio atingiu 5,22 metros, volume próximo ao recorde histórico de 5,33 metros - registrado em 6 de maio deste ano.
Agora, o Guaíba permanece mais de 2 metros acima da cota de inundação (3 metros) e da cota de alerta (2,5 metros). Segundo projeções feitas pela Defesa Civil Estadual e por especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), o nível do rio pode chegar a aproximadamente 5,5 ou 5,6 metros nos próximos dias.
A cheia acontece devido ao aumento dos níveis dos afluentes do Guaíba. Assim, a água vinda do interior do Rio Grande do Sul desemboca em Porto Alegre. A cheia do Guaíba também é agravada pelo vento que corre em direção ao continente. Os ventos acabam represando as águas no delta do rio, não deixando que elas escoem para o mar. A ventania ainda ajuda a derrubar as temperaturas em Porto Alegre, que chegou a registrar 11°C nesta manhã.
Devido a previsão de novas enchentes, moradores do bairro Lami, no Sul da cidade, foram orientados a sair de casa. A Brigada Militar ajudou a retirar 30 pessoas de casa, mas nem todos aceitaram deixar suas residências. A Defesa Civil afirma que esta foi uma ação pontual para retirar moradores das áreas alagadas, mas que não houve uma evacuação no local.
Temporal no RS
O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em centenas de cidades. Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas que atingem o estado gaúcho, desde o fim de abril, já afetaram mais de 2,1 milhões de pessoas em 446 municípios. De acordo com os dados mais atualizados, são 148 mortos, 124 desaparecidos, 806 feridos, quase 80 mil em abrigos e mais de 530 mil desalojados (em casa de parentes e amigos).
Como ajudar?
Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).
Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138
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