Cães farejadores da PCMG devem começar a localizar armas e munições
Seis filhotes da Coordenação de Operação com Cães estão treinando a nova habilidade
Por Bruno Daniel
Já acostumados a encontrar drogas escondidas em locais de difícil localização, os cães da Polícia Civil estão desenvolvendo uma nova especialidade. A instituição tem em andamento um projeto para que os animais da Coordenação de Operação com Cães, o canil da PCMG, também comecem a farejar armas e munições. Os cães devem começar a exercer o trabalho ainda neste ano.
Conforme o investigador da Polícia Civil Rodrigo Guerra, que trabalha com os cães farejadores, o projeto começou no ano passado, quando logo após os cães ‘desmamarem das mães’.
“A gente acredita que com um ano e meio de idade eles já estão prontos para o trabalho. Hoje já estamos levando os filhotes nessas operações para eles irem se acostumando com a quantidade de pessoas, ambiente diferente, e para observar os cães mais velhos”, revela o policial, que explica como os cães poderão encontrar armas e munições.
“A arma e a munição têm pólvora e outros materiais que o cachorro consegue encontrar por essa assinatura de odor”, esclarece.
O canil da PCMG
A Coordenação de Operação com Cães foi fundada em 1992, como setor da Coordenadoria de Operações Estratégicas. Abrigado atualmente no mesmo terreno da Delegacia especializada de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), no bairro Gameleira, o canil conta com 20 animais, sendo 14 da raça pastor Belgas de Malinois, quatro da raça pastor alemão, um border collie e um cocker spaniel.
“São raças que misturam agilidade, equilíbrio, força e resistência. O cocker e o border collie são menores. Conseguem acessar locais que os grandes não conseguem, como bagageiro de ônibus”, conta Rodrigo Guerra.
Geralmente, a ‘matilha’ da Polícia Civil é acionada em operações de busca e apreensão, para dar apoio na localização de drogas. Porém também podem ser acionados durante uma operação que estiver em andamento. O sentido mais apurado dos animais é um trunfo para encontrar materiais que estejam muito bem escondidos.
“Por mais que a gente faça uma busca minuciosa, o cão às vezes encontra um material escondido onde os nossos olhos não veem. O olfato deles é bem mais apurado que o nosso. Por mais bem escondido que seja, se estiver nas condições favoráveis, o cão vai encontrar”, garante Rodrigo Guerra.
No canil, os cães passam por treinamento, mas também realizam brincadeiras lúdicas e têm momentos de lazer. Eles também passam por higienização, banho, tosa e tratamento de saúde.
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