ANM retira duas barragens da Vale do nível de emergência em Minas; outras 16 seguem em risco

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Sede da empresa no Rio de Janeiro
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A mineradora afirma que todas as barragens em emergência já deixaram de receber rejeitos

Por Raíssa Oliveira O Tempo

A mineradora Vale informou que mais duas barragens - 5-Mutuca, em Nova Lima, e Dique de Pedra, em Ouro Preto, ambas em Minas Gerais - tiveram seus níveis de emergência retirados pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Ambas receberam Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, que atesta a sua segurança.

Com 5-Mutuca e Dique de Pedra, subiu para 15 o número de estruturas da Vale que deixaram o nível de emergência desde 2022 A mineradora informou que ainda tem 16 barragens com algum nível de emergência, mas todas já deixaram de receber rejeitos.

A barragem 5-Mutuca possui um reservatório de aproximadamente 523 mil metros quadrados e foi construída pelo método de alteamento a jusante. Está ativa, recebendo sedimentos de estruturas próximas, mas não recebe mais rejeitos, informou a Vale. De acordo com a mineradora, a estrutura passou por investigações geotécnicas e ensaios de laboratório que confirmaram as condições de segurança e estabilidade.

A barragem Dique de Pedra possui um reservatório de aproximadamente 65 mil metros quadrados e foi construída pelo método de etapa única. Ela está inativa e não recebe rejeitos. A estrutura passou por adequações, e as novas avaliações do Engenheiro de Registros (EoR) confirmaram a condição de segurança favorável.

Barragens a montante

Todas as barragens construídas pelo método a montante estão em processo de descaracterização, informou a Vale. As estruturas são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança. "Desde 2019, a empresa investiu mais de R$ 9 bilhões no Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante", disse a Vale em nota, acrescentando que das 30 estruturas contempladas no programa, 15 já foram eliminadas e a meta é não ter nenhuma barragem em nível máximo de emergência até 2025.