Acidente na BR-116: pai que escreveu carta pedindo agilidade para liberar corpo enterra filha em SP
Cinco dias após o acidente, Clóvis Boldrini escreveu um pedido de celeridade para liberar o corpo da filha Karine Boldrini
O Tempo Por Maria Irenilda
Pai de vítima do acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, que escreveu carta pedindo agilidade e acolhimento das autoridades na liberação dos corpos, enterra a filha em São Paulo. Clóvis Boldrini Clóvis Boldrini é pai da vítima Karine Boldrini. Cinco dias após o acidente, ele resolveu escrever, a próprio punho, a correspondência.
"Eu acho que deveria ter mais apoio do Governo, não só com palavras, mas com ações físicas para poder agilizar o processo", escreveu Boldrini.
Ele ponderou as dificuldades das circunstâncias, mas questionou a importância que era dada às dores das famílias. "Se fosse um ente querido de algum governante, será que o tratamento seria o mesmo?", interpelou. No mesmo dia, 24 de dezembro, o corpo da filha foi liberado, por volta das 21h, pelo Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.
O enterro foi realizado em Diadema, no interior de São Paulo, no dia de Natal.
O acidente
O ônibus, que partiu de São Paulo com direção à Bahia e transportava aproximadamente 45 passageiros, pegou fogo após a colisão. Oito pessoas deixaram o coletivo com vida e foram encaminhadas para atendimento médico nas proximidades, mas uma delas morreu antes de chegar ao hospital. Um veículo de passeio, que vinha atrás, também se envolveu no acidente.
Os bombeiros foram acionados por volta das 4h, conseguiram controlar as chamas e, em seguida, retiraram os corpos, que estavam carbonizados e presos às ferragens. Na noite de sábado, todos os corpos foram transferidos de Teófilo Otoni para o IML de Belo Horizonte para passar por perícia e exames de identificação.
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