Reynaldo Gianecchini fala sobre câncer, sonhos e renascimento: ‘mudei muito’
Ator de 51 anos relembrou câncer, transplante e cura da doença
Itatiaia Por Patrícia Marques
Reynaldo Gianecchini, de 51 anos, relembrou nesta quinta-feira (4), durante participação no “Encontro”, com Patrícia Poeta, na TV Globo, sobre o diagnóstico de Linfoma não-hodgkin, câncer que se origina nas células do sistema linfático. O ator descobriu a doença em 2011, falou sobre o processo de cura, realização de sonhos e renascimento.
Inicialmente, o programa exibiu trecho de uma entrevista do ator ao Fantástico, antes de ele passar por um transplante de medula óssea em janeiro de 2012.
Ao ser perguntado sobre a primeira coisa que gostaria de fazer após ser curado, o ator relatou, bastante emocionado. “Entrar no mar. Eu tenho uma relação louca com o mar, gosto muito, sinto falta”, disse à época.
Patrícia recorda que antes da entrevista o ator chegou a dar uma piorada no quadro de saúde, e Gianecchini analisa o período.
“Faz 13 anos e parece que eu nem vivi isso. É uma história tão louca, tão transformadora na minha vida, na verdade, sei que mudei muito. Mas, olhando agora, parece tão surreal que eu vivi isso”, comenta.
“Eu totalmente inchado, né? Mas foi um processo bonito, por incrível que pareça”, acrescenta. Poeta destaca que isso a “impactou muito”.
Perguntado se foi ao mar, o ator relembra. “Claro. Em seguida daí, eu fui para Fernando de Noronha e levei minha mainha. Ela foi guerreira, muito parceira. Está comigo no perrengue, tem que tá comigo na alegria”, diz.
Mudança de vida
Após o câncer, muita mudanças ocorreram na vida do ator e ele relata algumas delas. “Mudou muita coisa, acho que na base. É difícil... até hoje estou tentando entender estas fichas, que estão caindo, mas, basicamente, quando você pensa que amanhã pode não estar vivo, o hoje tem um novo sabor, uma importância”, inicia.
“Eu comecei a me ligar nas coisas que eu estava dando importância na vida, comecei a sentir vontade de fazer mais pausas pra viver a vida, não só trabalhar, isso foi muito importante para eu experimentar a vida com um olhar mais calmo”, continua.
Ele completa: “Acho que fui ficando mais presente também... Você [costuma] não absorver as experiências de verdade”. Após o “renascimento” citado por Poeta, ele reflete: “Me conectar melhor com as pessoas, com a minha vida em si. A presença te faz ficar mais conectado. Por exemplo, eu comecei a olhar muito mais no olho das pessoas, a prestar mais atenção no que elas falam, na troca do dia a dia. Nessa vida, passa muita coisa batida”, finaliza.
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