Quem está ganhando as eleições nos EUA? Veja resultados das pesquisas um dia antes da votação
Apesar do 'Election Day'. a possibilidade do voto antecipado já registrou a participação de mais de 75 milhões de cidadãos
O Tempo Por Simon Nascimento
As eleições nos Estados Unidos são realizadas, oficialmente, nesta terça-feira (5), apesar da possibilidade do voto antecipado que já registrou a participação de mais de 75 milhões de cidadãos. E às vésperas do pleito, o cenário segue indefinido, com pesquisas indicando um empate técnico entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris.
A plataforma TIPP, que tem a pesquisa considerada a mais precisa na imprensa local, indica que os dois candidatos aparecem empatados com 48% das intenções de voto. Já de acordo com o agregador de pesquisas do site FiveThirtyEight, Trump aparece em vantagem. Nas simulações feitas pela ferramenta, a partir de levantamento econômicos e demográficos, o ex-presidente teria 53% de chances de voltar à Casa Branca, enquanto Kamala aparece com 47%.
Os dados do site mostram que a atual vice-presidente dos Estados Unidos liderava as pesquisas até meados de outubro. A partir da segunda quinzena do último mês, Kamala viu Trump voltar a subir nas pesquisas, em alguns momentos aparecer à frente e, em outros, empatado à pontuação dela.
Quando considerados os votos dos colégios eleitorais, decisivos para definir a eleição, Trump soma o apoio de 275 delegados, contra os 263 de Kamala. Até o dia 17 de outubro, as sondagens indicavam Harris com 273, enquanto o republicano aparecia com 265. No voto popular, mesmo tendo caído nas intenções, a vice de Joe Biden permanece à frente na corrida em um placar apertado de 50,9% a 49,1%.
O cientista político e professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH Mario Schettino diz que o pleito deste ano está mais acirrado, em comparação a 2020. Ele destacou o crescimento de Kamala Harris nas pesquisas após a desistência de Joe Biden e estabilização nas intenções de voto, após um período de desalento aos democratas com a candidatura de Joe Biden.
“Quando a eleição era entre Biden e Trump, a candidatura de Biden tinha indicadores fortes de que não teria adesão, com uma tendência de vitória do Trump com uma folga maior. E a entrada da Harris dá uma possibilidade de vitória aos democratas, Ela alcançou o topo da preferência eleitoral e agora parece ter chegado a um pico”, disse o docente.
Colégios eleitorais
Diferentemente do Brasil, o sistema eleitoral dos Estados Unidos tem uma votação indireta. Cada estado possui um número de delegados fixado por lei. O colégio eleitoral dos EUA é formado por 538 delegados. O número de delegados por estado é proporcional ao tamanho da população, o que define também seus representantes no Legislativo.
De acordo com as regras do país, o candidato que alcançar o maior número de votos da população acaba levando o conjunto de votos dos delegados. “A eleição nos EUA não é dada pelo voto coletivo. Ela é disputada via colégio eleitoral e quem ganha em um estado, leva todos os votos. E neste sentido nós temos um cenário possível que é uma vitória nos votos totais, mas uma derrota nos colégios eleitorais”, complementou Mario Schettino sobre o modelo eleitoral.
Os estados considerados centrais para definir a eleição são Wisconsin, Minnesota e Pensilvânia. “Antes do século 21 eram estados que votavam com os democratas, mas à medida que se tem a desindustrialização dos Estados Unidos, esses estados passaram a conviver com uma ascensão dos republicanos a partir de um discurso nacionalista e se tornaram voto indefinido”, explicou.
O FightThirtyEight mostra um empate entre Trump e Kamala na Pensilvânia, com ambos pontuando 47,8% das intenções. Em Wisconsin, Harris aparece com ligeira vantagem somando 48,3%, frente aos 47,3% do ex-presidente. Em Wisconsin, Harris aparece com ligeira vantagem somando 48,3%, frente aos 47,3% do ex-presidente. A democrata se mantém à frente também em Minnesota, onde as pesquisas mostram 50,1% contra 44,2%.
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