Polícia prende um dos criminosos que ateou fogo em ônibus na MG-10: 'alta periculosidade'

Polícia prende um dos criminosos que ateou fogo em ônibus na MG-10: 'alta periculosidade'
Incêndio ocorreu na MG-10, na Grande BH Foto: Reprodução
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Motorista conseguiu lembrar de características e vestimentas dos suspeitos que auxiliaram identificação

O Termpo    Por Isabela Abalen

 

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) localizou e prendeu, nessa segunda-feira (13 de agosto), um dos criminosos suspeitos de incendiarem um ônibus da linha 5715 (Gávea II / Terminal Morro Alto) na MG-10, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem tem 23 anos, é natural de São Paulo e foi considerado, pela corporação, como de "alta periculosidade pelo envolvimento em quadrilhas e/ou grande número de registros policiais e processos judiciais em andamento". 

O comparsa, identificado pelo vulgo "Belão", de 34 anos, natural de BH, continua sendo procurado. Conforme o boletim de ocorrência, o motorista do coletivo foi crucial para a identificação dos suspeitos. O trabalhador conseguiu lembrar de características físicas dos homens e do tipo de roupa que estavam vestindo no momento que incendiaram o ônibus. 

As informações dadas pelo motorista bateram com registros fotográficos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O órgão estava monitorando uma manutenção no ponto de ônibus na marginal do MG-10 e conseguiu flagrar a movimentação dos suspeitos antes do crime. 

Tatuagem no rosto entregou suspeito

Os militares, então, utilizaram as provas para realizar buscas pelos criminosos. O mais novo, de 23, foi flagrado caminhando pelo bairro Morro Alto, em Vespasiano, com o rosto coberto por um capuz. A ação chamou atenção dos policiais, que fizeram a abordagem.

A tatuagem de cifrão ($) no rosto e o boné, o mesmo das imagens do DER, confirmaram o suspeito. Ainda, a camisa usada no momento do incêndio foi localizada na residência do preso.

Fogo em ônibus foi por ordem de detentos de Patrocínio 

O jovem disse aos militares que apenas acompanhou o comparsa, "Belão", no crime, mas que não teria sido ele quem ateou fogo no ônibus. Ele afirmou que participou da ação por ordem de detentos do presídio da cidade de Patrocínio, no Alto Paranaíba. O suspeito foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil. 

O ônibus foi liberado para a empresa Saritur, que ficou responsável por recolher o veículo queimado. 

Entenda: carta de revolta 

incêndio ocorreu na tarde desta segunda-feira (12). Um vídeo feito pela Polícia Militar anuncia que o ato seria uma reinvindicação contra o sistema penitenciário mineiro.

Conforme moradores da localidade, que preferiram o anonimato, antes de atear fogo no veículo, os criminosos deixaram com o condutor do coletivo uma carta com supostas reclamações a respeito do tratamento que é dado aos detentos nos presídios mineiros. O material também foi citado no boletim de ocorrência.