Polícia investiga furto em casa esvaziada após interdição de prédio em Montes Claros; moradora diz que prejuízo é de cerca de R$ 200 mil

Polícia investiga furto em casa esvaziada após interdição de prédio em Montes Claros; moradora diz que prejuízo é de cerca de R$ 200 mil
Edifício Roma, em Montes Claros — Foto: Francyne Perácio/Inter TV
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Criminoso furtou joias, aparelhos eletrônicos e relógios. Residências e comércios em um raio de 60 metros foram evacuados após prédio de 18 andares apresentar danos estruturais.

Por Marina Pereira, Pablo Caires, g1 Grande Minas

 

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um furto ocorrido em uma casa que precisou ser esvaziada por estar nas proximidades do prédio de 18 andares, interditado no bairro Jardim São Luiz, em Montes Claros. Segundo a moradora, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 200 mil.

O crime ocorreu na última quarta-feira (10) e a Polícia Civil informou ao g1, nesta quinta-feira (18), que a investigação tramita na 1ª delegacia Distrital. Algumas diligências já foram feitas e o delegado responsável solicitou perícia no local dos fatos.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o criminoso entrou na casa durante a madrugada, provavelmente, após pular o muro.

Em entrevista à Inter TV, a dona da residência, Tatiana Costa Rodrigues, contou que encontrou o imóvel revirado ao retornar para buscar alguns pertences.

“Cheguei e tomei um susto, fiquei meio apavorada, sem ação e sem saber o que fazer. [...] A responsável pela construtora falou que poderíamos ficar despreocupados, que o local estava sendo monitorado, que teríamos segurança e nada iria acontecer”.

 

“O meu prejuízo é de cerca de R$ 200 mil de joias, aparelhos eletrônicos, relógios e enxoval, que eu revendia e ficou no nosso estoque”.

A ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança e de acordo com a PM, o bandido permaneceu no local por cerca de duas horas. Em seguida, fugiu em um carro levando os objetos furtados.

A produção da Inter TV solicitou uma nota da Turano construtora e aguarda um retorno.

 

Entenda o caso

 

Edifício Roma, em Montes Claros — Foto: Francyne Perácio/Inter TV

Edifício Roma, em Montes Claros — Foto: Francyne Perácio/Inter TV

 

A interdição do edifício Roma, em Montes Claros, completou uma semana na última segunda-feira (15). Residências e comércios em um raio de 60 metros também foram esvaziados.

Dados do Corpo de Bombeiros apontam que no total 127 pessoas tiveram que sair de suas casas, 45 residem no Roma. Por conta da situação, outro prédio e 16 imóveis permanecem vazios. O trânsito também segue fechado no local.

Ainda segundo os bombeiros, o prédio apresenta comprometimento de mais de um pilar, sendo que um deles está com a ferragem exposta e rompimento de algumas barras, além de sinais de flambagem (encurvadura) na lateral afetada.

A construtora responsável providenciou um reforço para a estrutura com a colocação de escoras que suportam oito toneladas cada e faz o monitoramento do prumo - que aponta se a edificação permanece estável. Além disso, o engenheiro calculista está elaborando um levantamento para atestar a integridade do edifício, o que pode permitir a liberação do entorno. As trincas e rachaduras também estão sendo acompanhadas por um engenheiro civil.

Nesta semana, o CEO da construtora Turano, falou pela primeira vez sobre os trabalhos que estão sendo feitos, em entrevista à Inter TV.

 

“A gente vem trabalhando 24 horas, de forma técnica. A gente contratou os melhores profissionais do país, que estão trabalhando incansavelmente para a solução do fato ocorrido. Através desses estudos e desse trabalho, estamos trabalhando para a liberação do entorno e do edifício para os moradores”, disse Guilherme Turano.

 

Ao ser questionado sobre prazos, Turano falou que tudo depende do andamento dos trabalhos, já que "há um rito a ser seguido". Primeiro, deve ser feita a elaboração de um laudo que permita liberar o entorno do edifício e depois um outro estudo técnico do caso com as soluções que serão propostas. Os profissionais envolvidos nos trabalhos foram contratados de forma independente.