Novos polímeros podem matar superbactérias resistentes a antibióticos; entenda

Novos polímeros podem matar superbactérias resistentes a antibióticos; entenda
Os polímeros são macromoléculas resultantes da união de muitas unidades de moléculas pequenas (monômeros) — Foto: Edward Jenner/Pexels (imagem ilustrativa)
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Resistência é uma ameaça crescente à saúde pública porque pode fazer com que lesões e infecções comuns tenham o potencial de se tornarem letais

Fonte: O Tempo     Por Nubya Oliveira

Uma das grandes preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS) - o surgimento cada vez mais rápido de superbactérias resistentes a antibióticos - pode ganhar uma nova solução em breve. É que cientistas da Universidade A&M, do Texas (EUA), desenvolveram polímeros capazes de matar bactérias através da ruptura física de suas membranas

Os polímeros são macromoléculas resultantes da união de muitas unidades de moléculas pequenas (monômeros). É importante ressaltar que as bactérias resistentes a antibióticos tornaram-se uma ameaça crescente à saúde pública porque sem medicamentos fortes, lesões e infecções comuns têm o potencial de se tornarem letais.

A pesquisa intitulada Polimerização por metátese de abertura de anel de norbornenos fundidos com N-metilpiridínio para acessar polímeros catiônicos de cadeia principal antibacterianos foi publicada em 11 de dezembro de 2023 na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) - uma das revistas científicas multidisciplinares mais abrangentes do mundo.

O laboratório Michaudel - grupo de pesquisa em química orgânica da Universidade A&M - foi o responsável por sintetizar o novo polímero projetando cuidadosamente uma molécula carregada positivamente, que pode ser costurada muitas vezes para formar uma molécula grande feita por meio de um catalisador chamado AquaMet. 

Depois de alcançar o sucesso, o laboratório testou os seus polímeros contra dois tipos principais de bactérias resistentes a antibióticos – E. coli e Staphylococcus aureus (MRSA). Esse processo ocorreu em colaboração com a Universidade de Massachusetts Amherst. Enquanto aguardavam esses resultados, os pesquisadores também testaram a toxicidade de seus polímeros contra glóbulos vermelhos humanos.

“Um problema comum com polímeros antibacterianos é a falta de seletividade entre bactérias e células humanas quando atingem a membrana celular. A chave é encontrar um equilíbrio certo entre inibir eficazmente o crescimento de bactérias e matar vários tipos de células indiscriminadamente,” explicou o laboratório Michaudel. 

Após essa etapa, o centro de pesquisa informou que agora irá concentrar-se em melhorar a atividade dos seus polímeros contra bactérias – especificamente, a sua seletividade para células bacterianas contra células humanas – antes de passar para  ensaios em seres humanos.