Mulher morre após pagar quase R$ 50 mil para ‘levantar o bumbum’ em BH

Mulher morre após pagar quase R$ 50 mil para ‘levantar o bumbum’ em BH
SAMU foi acionado e constatou a morte da mulher — Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR / FOTOS Públicas
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Produto aplicado não é recomendado para fins estéticos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

O Tempo    Por Juliana Siqueira

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga a morte de uma mulher de 60 anos após procedimento estético em uma clínica em Belo Horizonte, no último dia 7 de março. Laudelina Gomes Machado perdeu a vida durante uma intervenção que prometia levantar os glúteos com a inserção de polimetilmetecrilato (PMMA), o que não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o procedimento da mulher estava agendado para as 9h30. Aos policiais, o médico responsável pelo procedimento contou que aplicou a anestesia local na paciente e, posteriormente, injetou o PMMA. 

Após o procedimento, a mulher ficou em pé e contou que estava com muito sono. Depois, caiu no chão, urinou e vomitou. O quadro clínico piorou, um médico cardiologista que estava no estabelecimento foi acionado e fez o procedimento de ressuscitação. Porém, a paciente não resistiu.

O companheiro da mulher contou que ela já havia feito outras três sessões com o médico e que esta era a quarta. Cada uma delas custou R$ 12 mil. O casal ficou sabendo da clínica pela Internet e resolveu agendar os procedimentos. Segundo ele, a paciente não tinha nenhum problema de saúde e tomava apenas medicação contínua para pressão. O homem ainda relatou que a companheira estava muito feliz em realizar o procedimento estético.

Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o PMMA não é recomendado para fins estéticos, apenas para correções de pequenas deformidades. Entre as complicações que o produto pode causar, segundo a entidade, estão nódulos, massas e processos inflamatórios infecciosos.

A reportagem tenta contato com a clínica, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.