MPSP investiga torcidas organizadas como 'facções criminosas' após confronto que resultou em morte

MPSP investiga torcidas organizadas como 'facções criminosas' após confronto que resultou em morte
O MPSP informou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) participará das investigações Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O órgão reforçou seu compromisso com a segurança pública   

O Tempo      Por Deanne Gherardi

 

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirmou que vai investigar com 'prioridade' o ataque aos ônibus da torcida do Cruzeiro neste domingo (27) por integrantes da Mancha Alvi Verde, torcida organizada do Palmeiras. Em nota enviada à imprensa, o orgão considera que alguns membros de organizadas de clubes de futebol atuam como verdadeiras 'facções criminosas'.

 A emboscada montada pela Mancha a dois ônibus da Máfia Azul, do Cruzeiro, resultou em um morto e 17 feridos. O ataque aconteceu na BR-381, em Mairiporã, São Paulo, quado a torcida mineira voltava do Paraná, onde assistiu ao jogo do Cruzeiro contra o Athlético Paranaense. Um coletivo foi queimado e o outro apedrejado. Imagens que circulam nas redes sociais também mostram cenas de agressão.

O MPSP reforçou seu compromisso com a segurança pública, informando que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) participará das investigações.

O Ministério Público de São Paulo também afirma que as 'cenas de selvageria' são inaceitáveis e representam 'uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade'. 

O Ministério Público de Minas Gerais também foi notificado sobre as investigações e se colocou à disposição das vítimas e familiares.


Confira a nota pública na íntegra

É em nome do princípio da transparência que o MPSP realça o seu firme compromisso de oferecer a resposta adequada às cenas de selvageria registradas na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, por volta das 5h30 deste domingo (27/10). O enfretamento de grupos formados por pretensos torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras e do Cruzeiro Esporte Clube resultou, infelizmente, em um saldo trágico, deixando diversos feridos e um morto. Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade.

Por isso, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinou que, para além do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, que acompanhará as investigações da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) entre no caso. Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do GAECO. Vale ainda ressaltar que o Ministério Público de Minas Gerais, contatado na pessoa de seu eminente procurador-geral, Jarbas Soares Junior, foi cientificado das providências do MPSP, que se colocou à disposição das vítimas e de seus familiares para qualquer medida que seja necessária. Que fique claro: quem age ao arrepio da lei deve responder por seus atos. E a sociedade brasileira pode continuar a contar com o MPSP para que isso aconteça.