Justiça mantém preso homem que estava com adolescente que sumiu em BH: 'Risco à integridade sexual'
Decisão acolheu pedido do Ministério Público de Minas Gerais contra o suspeito
O Tempo Por Isabela Abalen
A Justiça mineira decidiu por manter preso o homem de 38 anos que estava com a adolescente Mariana Muniz Pereira, de 16, durante os três dias (de 6 a 8 de junho) que ela ficou desaparecida em Belo Horizonte. O suspeito estava proibido de se aproximar da garota por uma medida protetiva em seu desfavor. Em audiência de custódia, a juíza Juliana Miranda Pagano acolheu um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que entende que o homem representa "perigo para a integridade sexual da ofendida".
Na decisão desta segunda-feira (10 de junho), a juíza completou, ainda, que o suspeito, se livre, é um risco à "integridade física e psicológica" da menina. Para para converter a prisão em flagrante do homem em prisão preventiva, ela usou como argumento o documento da medida protetiva.
A ordem da Justiça, expedida pela Vara Especializada em Crimes Contra Criança e Adolescente, descreve um relacionamento abusivo com a adolescente, com denúncias de "violência psicológica, manipulação, isolamento e outros tipos de violências piores, possivelmente sexual". O agressor deve aguardar o julgamento em um presídio do Estado.
Homem confessou que estava com a Mariana
A adolescente sumiu no bairro Castelo, na região da Pampulha, na quinta-feira (6), e foi reencontrada sábado (8), em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH. De acordo com o registro da ocorrência, o suspeito já era alvo dos investigadores do desaparecimento de Mariana. Ele foi abordado pelos policiais no bairro Serrano, quando confessou que estava com a menina, entregando a sua localização.
O homem é investigado por ter se relacionado com a vítima, mesmo ela sendo menor de idade. Essa relação teria motivado a adolescente a pedir a medida protetiva, que é um meio de proteção utilizado em casos de violência doméstica, abusos e perseguição. A medida foi expedida pela Vara Especializada da Criança e Adolescente de Belo Horizonte.
A prisão é, até o momento, por ele ter descumprido a medida protetiva. A adolescente foi ouvida pela Polícia Civil, na presença de seu representante legal, e entregue à família. O inquérito segue em sigilo, como define o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Maioria dos desaparecidos em MG é meninas adolescentes, alerta Polícia Civil
Meninas de 12 a 17 anos são as que mais somem do rastro das famílias em Minas Gerais. As adolescentes motivaram 6.738 registros de desaparecimento nos últimos cinco anos. É como se, por dia, três deixassem de retornar às residências.
O número abre exceção à regra não só ao ocupar o ranking à frente dos meninos da mesma idade, mas do total de desaparecimentos no Estado. Entre as motivações dos “sumiços”, estão violência doméstica e conflitos familiares. Entenda em matéria completa clicando AQUI.
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