Grávida de 8 meses e bebê morrem em hospital durante atendimento médico em Minas

Família da vítima alega negligência médica

Por Deanne Gherardi O Tempo

Uma jovem de 18 anos, grávida de 37 semanas, morreu no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Sete Lagoas, na manhã deste sábado (19 de outubro), após ser levada às pressas para atendimento. A família alega negligência médica. O bebê não resistiu e também morreu.

A Polícia Militar foi acionada e de acordo com o boletim de ocorrência, a irmã da jovem relatou que ela deu entrada no hospital por volta das 3h30, apresentando convulsões. Segundo o depoimento, a paciente estava na maca sem receber medicamentos, a família apontou negligência por parte da equipe do hospital. O namorado da vítima, que tem 17 anos, afirmou que um ultrassom realizado dois dias antes havia mostrado que estava tudo bem com a gestação.

Ainda de acordo com relatos do namorado da jovem, ao chegar ao hospital, ela foi medicada, mas os profissionais constataram que não havia batimentos cardíacos do bebê. E foi informado à família que o bebê estava em óbito e que a mãe estava sofrendo uma parada cardiorrespiratória que durou 40 minutos.

De acordo com uma enfermeira, a jovem deu entrada no hospital às 3h36 com desmaios e dor no peito. Ela tentou aferir a pressão, mas não conseguiu e passou para o médico responsável. A enfermeira garantiu que a paciente foi atendida e não houve negligência.

O médico que atendeu a jovem relatou no boletim que seu estado era grave. Ela estava sem pulsação, com temperatura muito baixa, pálida, mas ainda consciente e agitada. No exame obstétrico, não foi possível ouvir os batimentos do bebê. A paciente foi encaminhada para a sala de pré-parto, mas não havia vagas no CTI (Centro de Terapia Intensivo). 

O médico afirmou que tomou todas as medidas necessárias, a jovem foi entubada e aguardava uma vaga no CTI. Após algumas horas, a jovem sofreu uma nova parada cardiorrespiratória e morreu por volta das 7h50.  

Entramos em contato com o Hospital Nossa Senhora das Graças, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos retorno. O espaço permanece  aberto.