Furtos de cabos de energia e hidrômetros deixam comerciantes no prejuízo no Centro de BH
Lojistas da rua Tupinambás, entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas, denunciam: ‘Furtados todos os dias’
Itatiaia Por Júlio Vieira
Furtos de cabos de energia, hidrômetro de água e tampas de ferro de caixas da Cemig e da Copasa. Essa é a realidade vivida por vários comerciantes da Rua Tupinambás, no Centro de Belo Horizonte, entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas. Eles denunciam que, com as lojas fechadas ao anoitecer, os bandidos começaram a rodar a área à espera de uma oportunidade. Para piorar o cenário, eles relatam que uma câmera do sistema Olho Vivo localizada na esquina da rua Rio de Janeiro com Tupinambás está fora de operação.
O dono de restaurante da Rua Tupinambás teve o hidrômetro furtado por três vezes. A situação vem gerando uma série de transtornos e também prejuízos. “Meus vizinhos são furtados. Eles também levam a tampa do hidrômetro e do cabeamento. Semana passada, roubaram o cabo e ficamos sem energia a parte da manhã inteira”, contou Manoel Santos, proprietário do restaurante El Shaday.
Ele contou que precisou comprar um galão de 20 litros de água mineral para fazer o almoço. “E, quando roubam hidrômetros, a água fica ‘jorrando’. É um grande desperdício de água potável”, acrescentou.
A poucos metros do restaurante, em uma loja de calçados, também na Tupinambás, mais um relato que confirma a audácia dos bandidos e os crimes rotineiros na região: “Um dia, chegamos e estava sem luz. Eles cortaram o fio. No outro, ficamos sem água porque roubaram o hidrometro”, contou Tânia Margareth Santos, da loja Michelle Calçados.
Ela disse que os serviços demoram para serem solucionados pelas empresas. “Ficamos dois dias sem água. Precisamos pegar água ‘emprestada’. E, quando ficamos sem luz, precisamos contratar serviço particular. Até lá, ficamos usando a luz do celular para buscar os calçados”, acrescentou.
Em nota, a Cemig informou que irá enviar uma equipe para a rua Tupinambás e, se a caixa sem tampa for da companhia, a troca será realizada. Se for uma tampa de responsabilidade do cliente, haverá a orientação para essa troca. Até o momento, a Copasa não deu um retorno sobre a denúncia.
A Itatiaia procurou a prefeitura de Belo Horizonte, que disse que os agentes da Guarda Municipal realizam rondas somando esforços com a Polícia Militar, a quem cabe a prevenção e repressão de crimes, e que os flagrantes são encaminhados à Polícia Civil para investigação. Sobre a câmera do Olho Vivo desativada, a pasta informou que pertence ao sistema da polícia, que foi procurada e até o momento não respondeu ao pedido da Itatiaia.
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