Estudante de medicina brasileira é encontrada morta na Bolívia; adolescente é suspeito do crime

Ela teria se encontrado com o jovem, que teria mentido que tinha mais de 20 anos para a vítima, um dia antes de seu corpo ter sido encontrado no apartamento onde vivia
Itatiaia Por Lucas Negrisoli
A estudante de medicina brasileira Jenife Silva, de 37 anos, foi encontrada morta em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, na última quarta-feira (2). Natural de Santana, no Amapá, a mulher vivia há cerca de seis anos no país e a principal suspeita é de que ela tenha sido vítima de feminicídio, segundo autoridades locais. O principal suspeito do crime é um adolescente de 16 anos, que já foi apreendido, que teve um encontro com a vítima um dia antes de sua morte. Ele teria mentido a idade para Jenife. O corpo dela foi encontrado com sinais de estrangulamento, violência sexual e ferimentos provocados por golpes de faca.
A mulher cursava medicina e estava no fim da graduação antes de ser morta. Ela morava sozinha na cidade boliviana e foi achada já sem vida pela proprietária do imóvel, que havia percebido o sumiço da estudante após várias tentativas de contato. O corpo da mulher foi encontrado sem roupas e com marcas de agressão. A família de Jenife informou que ela era mãe de dois filhos e mantinha contato frequente com os parentes no Brasil.
A imprensa boliviana narra que Jenife teria marcado um encontro com o suspeito no dia 1º de abril. O adolescente teria mentido para a mulher afirmando que tinha mais de 20 anos. Ele foi detido menos de 24 horas depois de o corpo ser encontrado no apartamento. Em interrogatório, ele confirmou ter se encontrado com a brasileira, mas negou tê-la matado. O jovem afirmou no depoimento que Jenife ainda estava viva quando ele deixou a casa dela.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz da La Sierra, afirmou ter ciência do caso e informou estar em contato com os familiares da brasileira para prestar assistência consular, como também está em tratativas com as autoridades locais.
“Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, diz o texto. Ainda não há previsão de liberação do corpo para que ele seja sepultado.
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