Bar com quartos de prostituição e consumo de drogas é alvo de operação em MG
Mulheres foram encontradas escondidas nos quartos; a “subchefe” foi presa
Por Isabela Abalen O Tempo
Um bar que funcionava como casa de prostituição e com cômodos para uso de drogas foi alvo da operação “Baco”, da Polícia Militar, na cidade de José Raydan, região do Rio Doce, na manhã desta terça-feira (6 de fevereiro). O local contava com diversos quartos onde, no momento da abordagem, três mulheres estavam escondidas. A subchefe, de 37 anos, foi presa em flagrante.
De acordo com a Polícia Militar, as mulheres se recusaram a abrir o local aos policiais, que tiveram que romper os cadeados com um alicate. No estabelecimento, o primeiro andar é onde ficavam os quartos para prostituição e uso de drogas, e, no segundo, funcionava o bar. Nos cômodos, três mulheres estavam escondidas, de 37, 25 e 26 anos. A mais velha tinha funções de chefia.
Dezenas de preservativos foram apreendidos, além de uma garrucha calibre .22, 12 munições intactas, agenda com anotações de gerenciamento e cobrança por sexo, celulares e R$ 1908 em dinheiro. A responsável disse que a arma e as munições eram do proprietário, de 51 anos. Ela o defendeu, dizendo que só disponibilizava o local e não explorava as mulheres.
Mesmo assim, a mulher disse que o proprietário cobrava R$ 50 a semana para cada mulher que oferecia trabalho sexual. Ela recebia R$ 800 para trabalhar no bar e ajudar o homem, que contratava as mulheres. Ainda de acordo com o relato da presa aos policiais, as mulheres tinham o “direito” de escolher os parceiros e eram os clientes que pagavam o uso do quarto – R$ 30 por vez.
Uma das vítimas disse aos policiais que foi contratada pelo proprietário e que ele determinou o valor do programa. Além dos R$ 50 semanais ao dono do local, a mulher também pagava a ele R$ 30 por cliente. Ela também contou que foi obrigada a participar de um vídeo erótico à pedido da subchefe.
A presa deve responder pelos crimes de favorecimento da prostituição e posse ilegal de arma de fogo. O proprietário do local não foi encontrado até o momento, mas as guarnições devem procurá-lo na casa da mãe em Ipatinga.
O nome da operação faz referência ao deus grego Dionísio. Na mitologia romana, festas em homenagem ao deus Baco eram regadas ao consumo exacerbado de álcool, orgias, desordem e escândalos.
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